8 de Março: A presença feminina nos 70 anos da EESC
Para Elenise Maria de Araújo, chefe técnica da Biblioteca da EESC, comemorar, neste ano, torna-se algo muito especial, “pois estamos celebrando também, os 70 anos de existência da Escola e, nesta oportunidade, podemos refletir sobre as inúmeras contribuições das mulheres para o sucesso desta Instituição no decorrer de todos esses anos. Acredito que o futuro para a mulher sempre será de luta, pois as conquistas e desafios diários nos fortalecem e nos impulsionam para a resiliência, acendendo a esperança em dias melhores, dias de mais compreensão, empatia e solidariedade”, complementa Elenise. “Espero que futuramente tenhamos um ambiente em que não sejamos a minoria”, fala a aluna Brena Marques, de Franca (SP), aluna do curso de graduação em Engenharia Elétrica, desde 2019. “O estereótipo de que a carreira de Engenharia exige competências que a mulher não é capaz de desenvolver ainda persiste na sociedade e dentro da sua própria família. Isso, com certeza, tem influência na sua escolha e interesse por carreiras em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. No meu caso, identifiquei muito cedo a importância da Engenharia na vida e que tinha potencial para trilhar essa profissão”, lembra Vilma Alves Oliveira, professora do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC e, recentemente, eleita chefe deste mesmo departamento. Ela revela que ser professora titular na EESC lhe traz muita satisfação pessoal, não só pela conquista acadêmica, mas por ser mulher e poder sinalizar positivamente que a promoção na carreira docente deve fazer parte da vida acadêmica das docentes da Unidade também. “Para aumentar a demanda pela carreira de Engenharia, entendo que as mulheres da EESC podem desempenhar um papel importante, participando de projetos de inclusão que desmistifiquem a carreira de Engenharia e combatam o preconceito sociocultural que incute na mulher a oposição entre racionalidade e sensibilidade emocional”, ressalta Vilma, que foi recentemente presidente da Sociedade Brasileira de Automática (SBA). Luciana Montanari, professora do Departamento de Engenharia Mecânica da Unidade, espera que no futuro as mulheres da EESC, funcionárias docentes e não docentes, pesquisadoras e alunas, vivam num ambiente sustentável, que favoreça o bem-estar e o compartilhamento, seja de ideias ou de trabalho, com oportunidades igualitárias, e que sejam felizes. “Para mim, ser mulher é uma ponte para a diversidade, que é tão necessária para formação humanística do indivíduo”, aponta a pesquisadora, que também é presidente da Comissão de Graduação da EESC. Luciana e Vilma são, inclusive, coordenadoras do Programa "Elas na Engenharia", que tem por objetivo estimular meninas do Ensino Médio a optarem pelas áreas de exatas, em especial, a seguir carreira na Engenharia. Loren Cury Rodrigues, secretária da diretoria da EESC, reitera que a Escola se consagra pela excelência do ensino, da pesquisa e extensão, e se configura como uma das melhores do país. “Como homenagem ao Dia Internacional da Mulher quero destacar que esta celebração só faz sentido a todas as servidoras docentes e não docentes que ajudaram e ajudam a construir esta Instituição, bem como às alunas de graduação e de pós-graduação, responsáveis pelo alto conceito de nossa Escola, tanto no âmbito acadêmico, como no profissional. Parabenizo todas as mulheres que fazem e fizeram parte desta nossa história”, elogia Loren.