Chefe do Departamento de Engenharia de Produção participa de seminário sobre tecnologia e aplicação de impressão 3D

Com o objetivo de discutir as perspectivas de adoção da tecnologia de impressão 3D em maior escala na indústria e os potenciais impactos para as estratégias de produção de empresas e de países, o chefe do Departamento de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), Reginaldo Teixeira Coelho, foi expositor, por meio de videoconferência, do seminário “Manufatura Aditiva: Aplicações e Impactos nas Cadeias de Valor”, realizado na última sexta-feira, dia 16, e promovido pelo Observatório da Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.

A participação foi dividida com o professor Eduardo de Senzi Zancul, da Escola Politécnica (Poli) da USP, que foi aluno da EESC e atualmente realiza pesquisas em manufatura aditiva — aquela em que as peças são produzidas com a deposição (adição) de material usando uma impressora 3D — na área de aplicação e valor agregado na cadeia de produção.

Os pesquisadores são parceiros em um projeto de desenvolvimento científico na área e apresentaram diversas vertentes como a produção de protótipos, as aplicações low-end (de baixo custo e tecnologia) em ambiente doméstico e as aplicações high-end (de alto custo e tecnologia de ponta) na produção de itens finais na indústria.

O processo da técnica de manufatura aditiva desenvolve-se a partir de um objeto tridimensional desenhado em softwares e posteriormente enviado à impressora. A máquina identifica a forma, e a impressão inicia-se depositando o material em pó, formando camadas, até que o objeto inteiro esteja completo, diferente da técnica convencional na qual a manufatura ocorre por subtração de um material bruto, que é esculpido até alcançar a forma desejada.

Ao comparar as duas técnicas, o professor as considera complementares, porém há uma forte tendência que, com o passar do tempo, a maioria dos métodos tradicionais de manufatura sejam substituídos pela aditiva.

A fundição é um dos processos de alto custo e produção de resíduos – no qual se cria um molde, derrete-se o metal e solidifica-se a peça no formato desejado – que poderia ser substituído pela manufatura aditiva, diminuindo gastos e desperdícios. “A menos que os processos tradicionais evoluam, a manufatura aditiva tem muitas chances de tomar a frente da produção”, afirma o Coelho.

Os expositores também trataram dos desafios técnicos envolvidos na posição do Brasil diante da tecnologia e do que deve ser feito para sua disseminação. O professor acredita que o país poderia trabalhar em duas frentes: na reprodução do equipamento e suas aplicações e também na sua inovação. “Nós não inventamos o processo, mas poderíamos inventar e descobrir novas aplicações”, comentou.

Coelho considera que há um atraso de cerca de 10 anos na área de pesquisa em relação às desenvolvidas em outros países como Alemanha e Estados Unidos. “Temos menos de 10 impressoras 3D [industriais] no Brasil”, relatou.

A EESC tem o primeiro o laboratório em São Carlos que conta com uma impressora tridimensional para aplicações em polímeros dedicada a pesquisas aplicadas em manufatura aditiva.

A técnica na área de polímeros surgiu na década de 1970 e evoluiu de uma máquina de prototipagem – que criava protótipos de forma mais eficaz na produção de plástico. No final daquela década, os primeiros experimentos com metais começaram no Texas, em Austin, nos Estados Unidos. “Em 30 anos, a manufatura aditiva evolui mais que 100 anos da manufatura convencional”, comparou o professor.

Além do plástico, outros materiais como o metal e a cerâmica podem ser usados na impressão 3D, com aplicações em várias áreas, como na medicina regenerativa – na reconstituição de partes ósseas e cartilagens – como também em moldes plásticos, reduzindo o tempo de fabricação e melhorando a eficiência do processo. Outra possibilidade ainda em projeto é o uso em reparo de peças industriais.

Para o professor a manufatura aditiva possibilita novos horizontes na área de criação de projetos, pois permite testes de peças, que hoje estão restritos apenas para os projetos que tem viabilidade de produção. A redução gradativa do custo das impressoras 3D aumenta a viabilidade da utilização em cadeias de produção e pode impulsionar a disseminação do processo.

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC

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Palestra: Quais são as instituições econômicas necessárias para a prosperidade?

“Sociedade do conhecimento, inovação tecnológica e empreendedorismo: Quais são as instituições econômicas necessárias para a prosperidade?” O professor Ronald Otto Hillbrecht, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), buscará responder a essa questão em uma palestra que ocorrerá no dia 26, às 19 horas, no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP). Dedicado aos alunos de engenharia e demais interessados no tema, o evento é promovido pela EESC e pelo Instituto Millenium e fará parte do programa Imil na Sala de Aula – uma atividade do Instituto que visa discutir com os jovens valores como liberdade, estado de direito, economia de mercado e democracia. Hillbrecht é professor do curso de Economia da UFRGS. Entre 1994 e 1997 ministrou aulas de Economia, Macroeconomia, Moeda e Bancos e Economia Institucional na Universidade de São Paulo (USP). É autor do livro Economia Monetária (Ed. Atlas, 1999), doutor em Teoria Econômica pela Universidade de Illinois, nos EUA e mestre em Economia pela USP. Tem interesse especial pelas áreas de política monetária e política econômica. Resumo

Ao longo da história da humanidade, prosperidade material e crescimento econômico são fenômenos recentes, sendo que apenas alguns poucos países conseguiram enriquecer e gerar inclusão social. As últimas décadas têm mostrado a importância da globalização, do conhecimento, da inovação tecnológica e do empreendedorismo para a prosperidade das nações. Essa palestra visa explorar seu determinante institucional, ou seja, qual ambiente econômico que provê os incentivos corretos para crescimento econômico e prosperidade. Serão também avaliadas as perspectivas futuras do Brasil, considerando as barreiras ao desenvolvimento e oportunidades a serem exploradas. O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) localiza-se no campus 1 da USP em São Carlos, sito à Av. Trabalhador são-carlense, 400.

Para mais informações, entre em contato por meio do telefone (16) 3373-9365 ou e-mail ee@sc.usp.br.

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da EESC-USP abre inscrições para o segundo semestre

Até o dia 16 de maio estão abertas as inscrições para o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), o qual oferece vagas para os cursos de mestrado e doutorado com início no segundo semestre de 2014. Tendo formado mais de 600 mestres e 300 doutores, o Programa – atualmente um dos sete em Engenharia Mecânica no país com conceito Capes maior ou igual a 6 – visa gerar recursos humanos qualificados para atuar em pesquisa e desenvolvimento na área de Engenharia e Ciências Mecânicas e é composto pelas seguintes áreas de concentração e linhas de pesquisa: – Área de concentração: AeronavesLinhas de pesquisa: Aerodinâmica e Aeroacústica; Aeroelasticidade e Dinâmica de Vôo; e Estruturas Aeronáuticas.- Área de concentração: Dinâmica de Máquinas e SistemasLinhas de pesquisa: Dinâmica de Máquinas; Mecatrônica e Instrumentação; e Vibrações e Acústica.- Área de concentração: ManufaturaLinhas de pesquisa: Automação da Manufatura; Planejamento e Simulação de Sistemas de Manufatura; e Processos de Manufatura.- Área de concentração: MateriaisLinhas de pesquisa: Engenharia de Superfície; Mecânica da Fratura e Fadiga dos Materiais; e Tratamento Térmico, Tribologia e Soldagem.- Área de concentração: Projeto MecânicoLinhas de pesquisa: Metrologia; Projeto de Máquinas; e Tribologia e Novos Materiais.- Área de concentração: Térmica e FluidosLinhas de pesquisa: Energia e Poluição; Escoamentos Multifásicos; e Motores de Combustão Interna. O processo seletivo consistirá de análise curricular e exame de ingresso, conforme os termos estabelecidos no Edital. Todos os currículos dos candidatos serão analisados pela Comissão de Seleção e será levada em consideração a adequação do perfil do candidato aos estudos vinculados ao PPGEM. Alunos em regime de dedicação integral podem se candidatar a bolsas de estudo. O Edital, a ficha de inscrição e a relação dos documentos necessários encontram-se na página www.eesc.usp.br/ppgem. Para mais informações entre em contato com a Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da EESC, localizada no campus 1 da USP em São Carlos, sito à Av. Trabalhador São-Carlense, 400, Caixa Postal Nº 369, telefones (16) 3373-9401, fax (16) 3373-9402 e e-mail posgrem@sc.usp.br.

Primeiro Workshop Latino-Americano de Bio-Hidrogênio recebe inscrições

Estão abertas as inscrições para o 1º Workshop Latino-Americano de Bio-Hidrogênio promovido pelo Laboratório de Processos Biológicos da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP). O evento ocorrerá de 28 a 30 de julho, no espaço The Palace Eventos, em São Carlos. O Workshop é de caráter multidisciplinar e tem por objetivo apresentar os mais recentes avanços na área de biotecnologia para a produção de bio-hidrogênio. Contará com a presença de palestrantes de diversos países como Uruguai, Chile, México, Argentina, Brasil e Portugal. O desenvolvimento do projeto temático de Produção de Bioenergia no Tratamento de Águas Residuárias e Adequação Ambiental dos Efluentes e Resíduos Gerados destacou os docentes do campus da USP em São Carlos, da Escola de Engenharia Mauá (EEM), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) pela participação na rede latino-americana de bio-hidrôgenio e resultou na realização do Workshop em São Carlos. A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Hidráulica e Saneamento da EESC-USP e membra do projeto, professora Maria Bernadete Varesche, afirmou que o objetivo do evento é expor ao público as novidades que estão sendo desenvolvidas nessa linha de pesquisa, como também as alternativas de processos de bio-hidrogênio. “A troca de conhecimentos nos motivou a reunir os pesquisadores que atualmente estão envolvidos na rede de estudos para apresentarem suas contribuições e inovações”, relatou a docente. Os avanços alcançados nos últimos anos na área de tratamento biológico de águas residuárias municipal e industrial vêm sendo sustentados por pesquisas básicas e aplicadas que envolvem, principalmente, os aspectos fundamentais dos processos e o desenvolvimento de biorreatores inovadores. Essa abordagem permite que a água residuária seja considerada como matéria-prima para um processo biotecnológico que pode gerar energia e produtos de alto valor agregado, além de cumprir com a função primordial de controle da poluição ambiental. As vagas para participar do Workshop são limitadas e o público-alvo compreende estudantes, pesquisadores, professores e outros profissionais do setor. O valor do investimento com desconto até o dia 31 de maio é de R$ 250,00; após essa data o valor será de R$ 300,00. O prazo final para realizar a inscrição é o dia 13 de junho. O evento terá o formato de palestras, mesas redondas e apresentação de pôsteres, e a data limite para o envio dos resumos de trabalhos é o dia 30 de maio. Mais informações podem ser obtidas através do site www.lpb.eesc.usp.br/wlabh2.

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Representante do BNDES apresenta novo serviço de solução tecnológica

A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) convidam todos os interessados para participarem da palestra BNDES Solução Tecnológica, que será realizada no dia 7 de maio, às 16h30, no Anfiteatro Mori Seiki do Núcleo de Manufatura Avançada (NUMA).

O objetivo do evento é apresentar o novo serviço Solução Tecnológica do BNDES, que apoia a inovação através do financiamento de atividades de transferência de novas tecnologias, patenteadas ou não, para empresas interessadas.

A palestra contará com a presença do chefe do Departamento da Área de Operações Indiretas do BNDES, Edson Moret de Carvalho, o qual apresentará o funcionamento do novo serviço, bem como as informações operacionais gerais para sua utilização. Ao final da exposição haverá espaço para discussão e esclarecimentos de dúvidas. O encontro objetiva auxiliar os pesquisadores de São Carlos e região na comercialização de seus produtos ao aproximá-los às empresas que demandam tecnologia, fomentando assim o ambiente inovador na cidade. A palestra é aberta a todos os interessados, que podem realizar sua inscrição pelo site www.inovapm.com.br.

O NUMA localiza-se no campus 1 da USP em São Carlos, sito à Av. Trabalhador são-carlense, 400, CEP 13566-590. Mais informações pelo telefone (16) 3373-8234 ou e-mail lucaspcgomes@sc.usp.br.

Mostra “Tudo em Vida” acontece na Biblioteca

Até o dia 13 de maio a Biblioteca da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP) recebe a exposição “Tudo em Vida”, composta por obras pintadas em óleo sobre tela pelo ex-funcionário da USP, José Luis Pontes Assumpção.

O autor utiliza a arte como fonte de inspiração para sua vida. “Quando estou diante de uma tela e ela me aperta o coração, me faz rir ou chorar, me angustia e me oprime, digo: é uma obra de arte”, afirmou o artista. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. A Biblioteca da EESC localiza-se à Av. Trabalhador são-carlense, 400, São Carlos, SP. Mais informações pelo telefone (16) 3373-9207 ou e-mail biblioteca@eesc.usp.br.

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Alunos da Creche e Pré-escola da USP apresentam a exposição “Miró: um olhar de criança”

Alunos de cinco e seis anos de idade da Creche e Pré-escola SAS-USP São Carlos apresentam releituras de imagens do artista Joan Miró na exposição Miró: um olhar de criança, que ocorre até o dia 13 de maio na Biblioteca da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

A mostra foi criada no projeto Turma Miró, desenvolvido pela professora Fabrícia Bedinotto com coordenação de Margarete Marchetti. Essa atividade consistiu na apropriação pelas crianças de informações sobre a vida e obra do artista, além de levantamento das características físicas e elementos das artes visuais, apontados pelos próprios alunos.

Com o envolvimento das crianças e professores, foram reveladas construções e reconstruções de conteúdos relacionados aos elementos visuais. Através das obras de Miró, os alunos puderam compreender o mundo artístico, estabelecendo um vínculo com a observação da arte em diversas dimensões e ampliando o universo cultural. A exposição mostra um pouco do desenvolvimento do projeto, bem como a capacidade que as crianças têm de compreender a arte, olhar os mínimos detalhes e demonstrar esse olhar criativo em suas próprias obras. A mostra pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. ———————————————————————————– Fotos para download: http://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/miro/eesc_biblitoeca_exposicao_miro_site.JPGhttp://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/miro/eesc_biblioteca_exposicao_site.JPG

Professora da EESC assume presidência da Comissão de Ética da USP

Após ser nomeada como membro da Comissão de Ética pelo Conselho Universitário (Co) da USP em fevereiro deste ano, a professora Maria do Carmo Calijuri, do Departamento de Hidráulica e Saneamento (SHS) da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), foi escolhida pelo reitor da Universidade, professor Marco Antonio Zago, como presidente do colegiado. O mandato teve início neste mês. Além da Presidente, a Comissão está constituída por mais seis membros: os docentes Brasílio Salum, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Maria Sylvia Zanella Di Pietro, da Faculdade de Direito (FD), Eduardo Massad, da Faculdade de Medicina (FM), e Ricardo Toledo Silva, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU); o representante dos servidores técnicos e administrativos, Alexandre Pariol Filho; e um representante discente, que ainda será escolhido por seus pares. Todos os membros tem mandato com duração de dois anos e lhes é permitida uma recondução, exceto para o representante discente que não pode ser reconduzido. Durante o mandato, os membros desempenharão as atribuições descritas no Código de Ética da USP, que se destina a nortear as relações humanas no âmbito da Universidade de São Paulo, tendo como postulados o direito à pesquisa, o pluralismo, a tolerância, a autonomia em relação aos poderes políticos, o respeito à integridade acadêmica da instituição, bem como o dever de promover os princípios de liberdade, justiça, dignidade humana, solidariedade e a defesa da USP como universidade pública. De acordo com o presente Código, as responsabilidades do órgão são: conhecer das consultas, denúncias e representações formuladas contra membros da Universidade, por infração às normas e postulados éticos da Instituição; apurar a ocorrência das infrações; encaminhar suas conclusões às autoridades competentes para as providências cabíveis e criar um acervo de decisões do qual se extraiam princípios norteadores das atividades da Universidade, complementares ao Código. A Presidente ressaltou que a atual Comissão objetiva desenvolver um novo projeto para ampliar o debate sobre ética na Universidade, a fim de informar, orientar e prevenir casos em que há desvio da boa conduta. “Trabalharemos não somente nos processos enviados para análise, mas principalmente na busca de um comportamento mais ético da comunidade ‘uspiana’ visando ao bem estar e à dignidade dos docentes, pesquisadores, não docentes e alunos”, explicou. O tema “A Ética e a Universidade” já foi abordado em vários seminários ocorridos nos anos de 2012 e 2013 e atualmente tem sido uma demanda solicitada pelas unidades ao Co para intensificar a discussão e estendê-la a toda comunidade acadêmica. A nova gestão da Comissão também pretende realizar uma revisão do documento que legisla o tema na Universidade, tendo em vista que a última edição foi feita em 2001. “Precisamos continuar o trabalho que já vem sendo desenvolvido pela USP e revisar o Código de Ética para adequá-lo as situações atuais. Queremos avançar, porém é um processo lento e complexo porque exige mudança de comportamento”, explicou Maria do Carmo. O colegiado também irá atuar de forma coordenada com a Ouvidoria da Universidade, com reuniões mensais para assegurar a plena observância das normas e princípios previstos. Um relatório anual de atividades será encaminhado ao Conselho Universitário, acompanhado de eventuais propostas de aprimoramento do Código. Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC ———————————————————————————– Foto para download: http://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/eesc_presidente_comissao_de_etica_usp_site.jpg ———————————————————————————–

Pesquisa desenvolvida na EESC-USP aumenta chances de pacientes com lesão medular movimentarem membros inferiores e superiores

Nos últimos 25 anos, o professor Alberto Cliquet Junior, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), dedica-se aos estudos para reabilitação de pacientes com lesão medular, paraplégicos e tetraplégicos, tornando possível, em alguns casos, o retorno dos movimentos voluntários nos membros inferiores e superiores. A lesão medular afeta milhares de pessoas em todo o mundo e interfere em vários aspectos da vida social e profissional do paciente. “Após sofrer o trauma, a pessoa é acometida por uma interferência na comunicação do cérebro, que fornece a informação sensorial de dor, temperatura e propriocepção ao corpo”, explicou pesquisador. Além disso, a falta de sensibilidade para movimentar-se resulta em outros prejuízos à saúde, como: obesidade, osteoporose, doenças cardiovasculares, infecções do trato urinário e diabetes. O trabalho é desenvolvido no Laboratório de Biocibernética e Engenharia de Reabilitação (LABCIBER) da EESC-USP e aplicado no Laboratório de Biomecânica e Reabilitação do Aparelho Locomotor do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele consiste na tecnologia de Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM), que gera impulsos elétricos de baixa intensidade aplicados por eletrodos colocados sobre a pele do paciente e que estimulam o sistema nervoso. Os eletrodos do equipamento são anexos, sem que haja qualquer tipo de intervenção cirúrgica, em pontos estratégicos dos membros superiores para gerar o movimento de esticar o braço e prender objetos com os dedos. Nos membros inferiores o objetivo é estimular a marcha artificial, que é um tipo de locomoção de padrão bípede reproduzido pelo sistema sensório-motor(percepção e reação) do corpo. Após um período de tratamento, que pode variar de acordo com cada paciente, o processo pode gerar sensações e atos voluntários, isso porque, após a lesão medular causar uma falta ou interrupção de controle e comunicação do cérebro com todos os sistemas fisiológicos, a estimulação eletrônica é capaz ativar o Gerador de Padrão Central humano, o qual é uma cadeia de neurônios capaz de criar um padrão de movimento rítmico por si só, isto é, sem que seja necessária a interação de um controlador principal, como o cérebro. Para os tetraplégicos a prática é aplicada nos membros inferiores por meio de uma tecnologia chamada de Suporte Parcial de Peso Corpóreo, que é associada à estimulação elétrica neuromuscular. Para os membros superiores utiliza-se um equipamento robótico que fica acoplado ao braço e também funciona combinado à estimulação. Atualmente, usando essa tecnologia, o pesquisador consegue realizar o atendimento de um número limitado a 100 pacientes no Ambulatório de Reabilitação Raquimedular do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp. “Entre os voluntários que realizam o processo, 90% ficam em pé e andam artificialmente com os aparelhos e protocolos de estimulação neural, e cerca de 3% voltam a andar”, afirmou Cliquet. Os resultados indicam também que, ao ficar em pé e caminhar por meio do equipamento, os pacientes tiveram melhoria na função cardiopulmonar e a reversão da osteoporose, além de manterem a integridade das articulações. Segundo o docente, alguns países desenvolvem ou já desenvolveram tecnologias para a reabilitação de lesados medulares baseando-se em outros estudos, mas o trabalho desenvolvido por Cliquet nos dois laboratórios é pioneiro no que diz respeito às pesquisas e ao atendimento ambulatorial dos pacientes. A inovação tecnológica por meio de estimulação eletrônica é considerada muito promissora na área de engenharia de reabilitação, mérito reconhecido em convites feitos ao professor para participar em diversos congressos internacionais. Dentre as apresentações como palestrante convidado, destacam-se o 13th World Congress da International Society for Prosthetics and Orthotics (ISPO), em 2010, a 4th International Joint Conference on Biomedical Engineering Systems and Technologies (BIOSTEC), em 2011, o 11th Vienna International Workshop on Functional Electrical Stimulation (FES), em 2013, e a participação como presidente na 7th International Conference on Biomedical Electronics and Devices (Biodevices), ocorrida em março deste ano. Para que a pesquisa seja ampliada e aplicada em outros centros e hospitais especializados em tratamento de pacientes com lesão medular ainda faltam investimentos. Hoje ela se mantém através de recursos de várias fontes para o desenvolvimento e aplicação, mas, segundo o docente, ainda é necessário que haja um maior reconhecimento das agências de fomento. Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC

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http://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/eenm/eesc_cliquet_pesquisa_eenm_1_site.jpgLegenda: O professor Alberto Cliquet Jr. desenvolve há 25 anos a pesquisa com Estimulação Elétrica Neuromuscular

http://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/eenm/eesc_cliquet_pesquisa_eenm_2_site.jpgLegenda: Cliquet no Laboratório de Biocibernética e Engenharia de Reabilitação da EESC-USP

http://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/eenm/eesc_cliquet_pesquisa_eenm_4_site.jpgLegenda: Paciente com tetraplegia durante treinamento do alcance e da preensão utilizando o sistema híbrido (órtese dinâmica associada à Estimulação Elétrica Neuromuscular)

http://www.eesc.usp.br/portaleesc/images/noticias/2014/eenm/eesc_cliquet_pesquisa_eenm_3_site.jpgLegenda: Paciente com paraplegia durante condicionamento muscular dos membros inferiores utilizando a Estimulação Elétrica Neuromuscular

Professor de Michigan apresentou seminário sobre cultura de sustentabilidade na EESC-USP

Com o objetivo de apresentar seu projeto ambiental e social de sustentabilidade desenvolvido na Universidade de Michigan (UMICH), localizada na cidade de Ann Arbor, nos Estados Unidos, o professor de arquitetura e urbanismo, Robert Warren Marans, ministrou o seminário Campus Sustentável. O evento aconteceu no Anfiteatro Jorge Caron da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP) e foi promovido pelo Programa EESC Sustentável. O norte-americano veio a convite do docente Tadeu Fabricio Malheiros, do Departamento de Hidráulica e Saneamento (SHS) da EESC-USP, para participar de um ciclo de eventos nos campi da USP – da capital e do interior – e debater a concepção e os princípios para a implantação e monitoramento de uma cultura de sustentabilidade com modelo e método amplamente aplicáveis a diferentes universidades por meio da atuação de gestores, conselheiros, professores, estudantes e funcionários, com diferentes exemplos e abordagens sobre campi sustentáveis. No dia 4 de abril, foi proferido também pelo pesquisador, no campus da USP em São Paulo, o seminário Sustentabilidade em Campus Universitários, organizado pela Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) da USP, dando início ao ciclo de apresentação do projeto aos campi. A intenção é transformar ações diárias de uma pessoa em uma cultura de sustentabilidade. “Posso incentivar as pessoas a usarem as lâmpadas econômicas em suas casas, mas elas irão desligá-las quando saírem dos cômodos ou vão tomar os devidos cuidados ao descartá-las? O comportamento social é o ponto em que devemos mais avançar”, explicou Malheiros. Segundo Marans, enquanto é preciso lidar com as questões ambientais sobre a poluição causada pelos transportes, a produção sustentável de alimentos e a proteção ao meio ambiente com o avanço da urbanização, é necessário também lidar com o comportamento das pessoas através da participação dos governos no incentivo à educação. “A ideia da cultura de sustentabilidade é desenvolver a prática de mensurar o comportamento e as ações da sociedade como forma de orientar as políticas dentro das universidades e dos municípios. Essa prática também é inovadora nos Estados Unidos”, afirmou. O seminário contou com a presença de alunos, docentes, funcionários e representantes dos projetos de sustentabilidade dos campi do interior. Após a apresentação de Marans, foi realizada uma ampla sessão de debate com os seguintes professores: Miguel Cooper, da Escola Superior de Agricultura “Luiz Queiroz” (ESALQ), do campus da USP em Piracicaba, Marcio Henrique Ponzilacquado, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), Aldo Ometto, da EESC-USP, e Antônio Nelson Rodrigues da Silva, vice-prefeito do campus da USP em São Carlos. O professor Marans aproveitou a oportunidade para conhecer os projetos desenvolvidos no Campus, como o Programa EESC Sustentável – que tem por objetivo a organização de uma política institucional que visa à inserção da sustentabilidade de forma ampla e integrada em suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração – com o interesse de estabelecer uma parceria entre as duas universidades. Também ministrou uma aula aos alunos do terceiro ano do curso de Engenharia Ambiental da Escola, que formularam um questionário com base nos dados de coleta de trabalhos em campo, a fim de discutirem propostas ambientais.

Após o seminário, Malheiros agendou reuniões com autoridades dos municípios de Ribeirão Preto e Araraquara para apresentar os princípios aplicados pela Universidade de Michigan para uma cultura de sustentabilidade na sociedade. “O propósito é levar tudo que seja feito e aplicado dentro da universidade para a administração pública das cidades”, afirmou o professor. Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC———————————————————————————–

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