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19 de dezembro de 2024
A Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) e a Northwestern Polytechnical University (NPU), universidade pública de ciências e engenharia em Xi'an, Shaanxi, China assinaram um acordo de colaboração. No documento, celebrado na primeira semana de dezembro, as instituições formalizam a intenção em estabelecer colaborações e alinhar expectativas que contribuam para o desenvolvimento de atividades de excelência em ensino, pesquisa e extensão, além de criar oportunidades para o desenvolvimento conjunto de projetos inovadores, especialmente nas áreas de engenharia e tecnologia.
“Entre as principais áreas de atuação previstas no acordo estão a mobilidade de pesquisadores e docentes, com o intuito de fomentar o desenvolvimento de projetos conjuntos e aprofundar a cooperação em áreas específicas, como a astronáutica e outras tecnologias avançadas. Essa parceria também prevê o estabelecimento de programas de intercâmbio de estudantes, proporcionando a esses alunos uma imersão em diferentes realidades acadêmicas e culturais, além de fortalecer suas competências técnicas e de pesquisa”, destaca Luciana Montanari, professora do Departamento de Engenharia Mecânica e presidente da Comissão de Graduação da EESC.
Adicionalmente, o acordo inclui a realização de atividades conjuntas, como escolas de verão, workshops, seminários e conferências, que serão promovidos por ambas as universidades para facilitar o intercâmbio de conhecimento entre os estudantes e docentes.
Outro ponto relevante do acordo é a intenção de captação de recursos financeiros tanto de agências de fomento quanto da indústria, com o objetivo de financiar as atividades de pesquisa e aprimorar a infraestrutura dos laboratórios de ambas as universidades, bem como de promover o desenvolvimento de novas tecnologias e inovações.
“Dessa forma, o memorando de entendimento estabelece um marco para a colaboração entre a EESC e a NPU, criando uma base sólida para a realização de projetos conjuntos de grande impacto científico, tecnológico e educacional”, ressalta Edson Denner Leonel, professor do Departamento de Engenharia de Estruturas e presidente da Comissão de Pesquisa e Inovação da EESC.
Inicialmente, o acordo de colaboração entre as universidades envolve os departamentos de Engenharia Aeronáutica, Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica e de Computação. Contudo, ele poderá ser estendido aos outros cursos do campus caso surja o interesse e projetos convergentes.
Janela de oportunidade
Leonel e Luciana consideram que o acordo firmado com a NPU abre uma janela de oportunidades para a EESC na Ásia.
“A nossa Escola tem colaborações consolidadas com parceiros na América do Norte, Oceania e Europa. Porém, nossa presença na Ásia ainda é tímida. A partir da assinatura desse memorando, poderemos colaborar de forma mais ampla para intercâmbio de alunos, pesquisadores e corpo técnico, permitindo a criação de interfaces científicas entre os grupos das universidades. Isso possibilitará a captação de recursos sino-brasileiros tanto de agências de fomento quanto da indústria para o desenvolvimento e atualização da infraestrutura dos laboratórios envolvidos, bem como de recursos humanos de elevada competência”, diz Leonel.
“Esse processo potencializará não só a inovação tecnológica, como também gerará um retorno qualificado de tecnologia e capital humano para a sociedade, gerando um ciclo virtuoso de avanço científico e desenvolvimento nacional. Colaboraremos com todo o conhecimento técnico e expertise dos nossos docentes e pesquisadores, que são referência mundial, bem como poderemos induzir um vetor de crescimento econômico importante na sociedade ao estimular sua capacidade de criação de startups e empresas com base na experiência da NPU”, enfatiza Luciana.
Projetos iniciais
O intercâmbio de conhecimento e a união de esforços em projetos conjuntos já estão sendo desenhados. Está prevista a participação de uma comitiva da NPU na EESC em julho 2025. Objetiva-se uma escola de verão no campo de astronáutica, particularmente, o desenvolvimento de um foguete desde a concepção até o lançamento.
“Este primeiro projeto potencializará a criação de equipes sino-brasileiras e integrará professores, pesquisadores e estudantes de ambas as instituições, o que vai gerar uma sinergia e impulsionará a inovação e o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas. A colaboração entre docentes e estudantes proporcionará, assim, um ciclo contínuo de aprendizado, inovação e capacitação de talentos. A ideia é consolidar uma rede de conhecimento global e fortalecer a parceria entre os países. Este projeto específico, além de contribuir para o avanço científico, também servirá como plataforma para a formação de equipes de trabalho integradas, promovendo o intercâmbio de talentos e a capacitação de recursos humanos de alta qualificação”, ressaltam Luciana e Leonel.
Além dos docentes, participaram ativamente para a concretização do acordo entre EESC e NPU/China os professores João Paulo Eguea, Jorge Henrique Bidinotto, Marcelo Leite Ribeiro e José Carlos de Melo Vieira Junior, sob a liderança de Fernando Martini Catalano, diretor da EESC e um dos responsáveis pelo convênio.
Denis Dana, para a Assessoria de Comunicação da EESC