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04 de junho de 2025
O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo aprovou, em sessão realizada no dia 3 de junho, a proposta para a ampliação dos campi de Ribeirão Preto e de São Carlos, com a aquisição de dois terrenos que permitirão a expansão da capacidade de ensino, de pesquisa e de extensão da Universidade.
Em São Carlos, a ampliação está relacionada à compra de um terreno de cerca de 5 mil m², anexo à área 1 do campus. O terreno foi doado pela Prefeitura Municipal de São Carlos ao Centro Acadêmico Armando Sales de Oliveira (Caaso), por meio de uma lei municipal de 1968, e, posteriormente, foi vendido para uma empresa.
A compra, avaliada em quase R$ 14 milhões, permitirá a criação de um Complexo de Inclusão e Pertencimento, com a ampliação no atendimento às demandas por atendimento de saúde física e mental e de assistência social, a integração das áreas esportivas, de lazer e de convivência, o compartilhamento de recursos humanos e de infraestrutura para oferecimento desses serviços. Futuramente, com a redistribuição espacial das atividades, será possível criar, na interface sul do campus, um complexo voltado à cultura e à extensão universitária, incrementando as ações com as comunidades interna e externa.
Durante a reunião, o presidente do Conselho Gestor do Campus, professor Fernando Martini Catalano (EESC), fez uma apresentação aos membros do Conselho, destacando a importância da área para reorganização e valorização das dinâmicas no espaço universitário.
“Essa expansão trará benefícios significativos para as unidades localizadas nesses campi. Foram propostas amplamente discutidas com todos os diretores do campus de Ribeirão Preto e com o Conselho Gestor do Campus de São Carlos, tendo recebido apoio irrestrito para seu prosseguimento. Os dois projetos levam em consideração, principalmente, a necessidade das unidades em ampliar suas atividades acadêmicas de extensão e de aproximação com a sociedade, reforçando a missão institucional da Universidade”, considera o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Segundo o reitor, a proposta, agora, deverá ser analisada e tramitar pelas instâncias internas da Universidade, para a configuração do projeto final, e externas, junto aos órgãos municipais e estaduais. Os recursos para a aquisição das áreas em Ribeirão Preto e em São Carlos serão advindos da alínea Projetos Especiais do orçamento da Universidade.
Expansão em Ribeirão Preto
Para o campus de Ribeirão Preto, foi aprovada a aquisição de uma área de 795.736,14 m² que será utilizada para a construção de uma nova Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), com 400 novos leitos. A área está localizada em uma região do município com viabilidade e acesso a transporte público, além de proximidade a diversas vias de acesso terrestres, incluindo um anel rodoviário e diversas avenidas.
O local abriga, hoje, o Hospital Santa Tereza e o Hospital Estadual de Ribeirão Preto, atualmente sob gestão do Estado, que serão incorporados ao HCFMRP.
O Hospital Santa Tereza será transformado em um Instituto de Psiquiatria e Saúde Mental, com atuação interdisciplinar envolvendo a FMRP, a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). O novo instituto também contará com ambulatório especializado em saúde mental voltado aos estudantes da USP, incluindo internações de urgência. O Hospital Estadual de Ribeirão Preto será utilizado como campo de prática acadêmica para alunos da FMRP e da EERP.
O projeto de expansão inclui também a implantação de dois novos núcleos acadêmicos: um escritório jurídico vinculado à Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), voltado ao atendimento de vítimas de violência, com foco em mulheres e crianças; e um setor de planejamento e gestão hospitalar, vinculado à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP), destinado ao apoio à administração dos serviços de saúde.
Após a aquisição da área, estimada no valor de R$ 281 milhões, a Universidade deverá ceder o terreno para a Secretaria Estadual de Saúde, que será responsável pelo custeio e pela gestão da nova Unidade.
No mesmo local, a USP deverá criar cinco equipamentos — quatro relacionados à atenção à saúde ligadas ao Sistema Único da Saúde (SUS) e um à educação e à biodiversidade — em parceria com a Prefeitura de Ribeirão Preto, que deverá arcar com as despesas de custeio. São eles: