O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior divulgou hoje, dia 10 de outubro, um vídeo em que fala sobre a disposição da Reitoria em dialogar com os estudantes, ampliar a contratação de professores e aperfeiçoar a política de permanência estudantil para os estudantes em condição de vulnerabilidade socioeconômica.

“A maior prova disso são as propostas que nós fizemos para encerrar essa paralisação. Cada dia sem aula na USP é, para mim, um dia triste e difícil. Uma universidade como a nossa não pode parar”, afirma o reitor.

Carlotti destacou cinco propostas apresentadas pela Reitoria aos manifestantes: a contratação de 1.027 novos docentes, a revisão de casos de estudantes que não foram contemplados com os auxílios de permanência estudantil, a criação de uma comissão mista para discutir o acesso indígena, a construção de uma creche na USP Leste e a uniformização do atendimento nos restaurantes para oferecer três refeições todos os dias.

Assista, a seguir, à íntegra do vídeo.

Quero falar, hoje, com cada estudante da nossa universidade, com nossas alunas e alunos. Quero falar, também, com a família de vocês e com toda a sociedade.

Desde que começou a paralisação das aulas, esta Reitoria tem se dedicado a conversar com as lideranças dos estudantes. Quero enfatizar que, logo no primeiro dia da nossa gestão, a nossa prioridade é ampliar a contratação de professores e aperfeiçoar a política de permanência para os estudantes em condição de vulnerabilidade socioeconômica. Se o movimento dos estudantes diz estar preocupado com isso, nós também sempre estivemos.

A maior prova disso são as propostas que nós fizemos para encerrar essa paralisação. Cada dia sem aula na USP é, para mim, um dia triste e difícil. Uma universidade como a nossa não pode parar.

Por isso, a gente melhorou, ainda mais, as ações que nós já vínhamos implementando, desde o ano passado. Vou repetir. Nós avançamos e melhoramos o que já estava sendo feito, sempre no limite da responsabilidade. Quero explicar aqui para vocês o que a reitoria propôs para os estudantes. Para exemplificar, vou salientar agora as cinco propostas que me parecem mais expressivas e representativas.

Além das 879 vagas para docentes que já vinham sendo preenchidas, nós abrimos outras. Agora, serão mais 148 novas vagas. Essas novas vagas correspondem às aposentadorias do ano de 2022. Atenção a esse ponto. Esses números representam o maior programa de contratação já realizado em qualquer universidade brasileira. É fundamental que a gente saiba reconhecer a dimensão desse enorme esforço.

Não é só isso. Em segundo lugar, destaco o auxílio permanência. Também aí nós propusemos aprimoramentos. Antes de tudo, não nos esqueçamos. Hoje, nada menos do que 15 mil matriculados já recebem esses auxílios. Não há nada nessa proporção em outras universidades do Brasil. Mas, mesmo assim, vamos melhorar. Para isso, estamos comprometidos em revisar todos os casos que mereçam reconsideração.

Em terceiro lugar, incorporamos a pauta sobre a questão indígena. Concordamos em criar uma comissão mista para discutir o acesso indígena dentro da USP e decidimos apoiar eventos para desenvolver esse tópico de maneira sistemática e permanente, buscando soluções efetivas e práticas.

Em quarto lugar, propusemos, ainda, a construção de uma creche para a USP Leste.

Em quinto lugar, uniformizamos o atendimento nos restaurantes para oferecer três refeições todos os dias para os nossos estudantes.

Essas cinco propostas, além de outras, já foram entregues aos estudantes. Contamos agora com o bom senso da comunidade. Esperamos que a decisão estudantil seja pelo fim das paralisações. Estamos confiantes. Na maior parte das escolas, as atividades já voltaram ao normal. A nossa boa vontade está mais do que demonstrada. Vamos agora voltar às aulas, às pesquisas e à nossa rotina. É isso que a sociedade espera de nós. É o que temos a fazer.

No nosso brasão está escrito: “Com a Ciência, vencerás”. Hoje, acreditamos nesse brasão ainda mais. Com a ciência, o conhecimento e o diálogo, a USP vencerá.

Muito obrigado.