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Projeto de alunos da EESC se destaca no Crystal Cabin Awards 2024


Quatro alunos da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) desembarcaram na Alemanha, mais precisamente na cidade de Hamburgo, onde participarão da final do Crystal Cabin Award (CCA), uma iniciativa do cluster de Aviação de Hamburgo internacionalmente reconhecida e que premia inovações em interiores de aeronaves com o objetivo de aprimorar a experiência de voo e destacar as visões de como os passageiros vivenciarão o futuro das viagens aéreas. A competição faz parte da Aircraft Interiors Expo, que ocorre no mesmo local, entre os dias 28 e 30 deste mês. A divulgação dos vencedores será hoje, dia 28.

Dois dos três projetos HackaSEA EESC/USP 2023 que foram submetidos pelos alunos ao CCA 2024 acabaram selecionados na disputa final da categoria Universidades, onde as colaborações inovadoras entre as instituições de ensino e parceiros industriais apresentam soluções avançadas para problemas comuns em cabines de aeronaves. O "Silentium in excelsis" e o “Silvacomfort”, ambos realizados em parceria EESC e Embraer e que fazem uso de inteligência artificial com foco no bem-estar do passageiro, chegaram à finalíssima. O júri responsável pela definição dos projetos finalistas é composto por 28 profissionais que atuam no mercado aeroespacial, representando fabricantes, grandes fornecedores, academias, operadores do setor aeronáutico, associações, escritórios de engenharia e consultores.

O quarteto que representará a EESC é formado pelos alunos João Lucas Foltran Consonni, Gabriel Urbano de Souza, Murilo Florentin e Talles Araujo. A emoção foi a palavra que melhor descreveu a sensação do grupo que se prepara para a viagem.

“É muito gratificante e animador ver o tamanho que nossas ideias podem ter. Nosso projeto foi idealizado em um tempo curto e, por isso, o interesse internacional é ainda mais significativo”, diz Souza. O mesmo sentimento é compartilhado por Florentin: “fazer parte de um dos projetos selecionados de um evento com tanto reconhecimento internacional é uma sensação é indescritível. Afinal, representa o reconhecimento do esforço, criatividade e dedicação investidos no desenvolvimento da ideia. Poder representar a USP em um cenário internacional é incrível!”


Os projetos finalistas

O "Silentium in excelsis" utiliza inteligência artificial e está equipado com uma câmera que direciona as ondas sonoras especificamente para a cabeça dos passageiros para reduzir o ruído branco dos motores das aeronaves. Ele permite que os usuários trabalhem, durmam ou conversem sem o uso de fones de ouvido, reduzindo localmente os distúrbios sonoros.

Por sua vez, o “Silvacomfort” traz um sistema de cabine que utiliza tecnologia de sensores, bem como a inteligência artificial para ajustar individualmente as condições ambientais de cada passageiro, modificando temperatura, iluminação e som de acordo com cada perfil do passageiro. Discretamente, o sistema integra câmeras, dispositivos de gravação de som e sensores de temperatura na arquitetura da cabine para antecipar as necessidades e ajustar as configurações de ar condicionado, luz e música de fundo, enquanto o processamento de dados ocorre centralmente para proteger a privacidade.

“Esses ajustes individualizados aumentam o conforto do passageiro e enriquecem sua experiência de viagem”, detalha Consonni. Ao falar sobre o projeto, o aluno da EESC também destaca a importância de estarem entre os escolhidos na final de um evento bastante prestigiado no setor. “Nos sentimos recompensados pelo trabalho desenvolvido. Isso é algo extremamente relevante para o cenário brasileiro, porque demonstra a competitividade em inovação do Brasil, em particular a nossa universidade, quando comparada com o restante das universidades do mundo”.

Conexões da EESC e o caminho profissional

Para os alunos finalistas da EESC, a conexão entre pessoas de diferentes áreas viabilizada pela Escola de Engenharia pode e deve ser lembrada como um importante fator de apoio no desenvolvimento de projetos e na transformação de teoria e conhecimento em prática e materializações.

“Eu vejo que o maior diferencial de uma universidade como a EESC está na conexão com pessoas de outros cursos. A cooperação, dentro e fora da sala de aula, foi muito importante para essa nossa conquista”, diz Souza. Consonni faz coro: “acredito que o diferencial para alcançar conquistas como essa são eventos e atividades extracurriculares, porque fornecem uma visão diferente dos conceitos teóricos aprendidos nos cursos e nos colocam em contato com pessoas de diferentes áreas. Este projeto, por exemplo, surgiu de um Hackathon proporcionado na Semana da Engenharia Aeronáutica, no qual conheci pessoas de outros cursos e pude ter uma noção da aplicação de certos conceitos no mercado de trabalho.” 

Ao também ressaltar a importância da EESC no preparo profissional, Murilo Florentin exaltou que “a universidade desempenhou e desempenha um papel fundamental na preparação de estudantes para alcançar conquistas significativas como essa, tanto em questão de aquisição de conhecimento específico quanto em pensamento crítico e analítico das situações”.

Ansiosos com a aproximação da data de viagem, os estudantes têm claro todo o potencial que essa experiência internacional servirá em suas jornadas profissionais, “para buscar uma carreira na Engenharia Elétrica”, como diz Consonni, “para expandir meus horizontes e encontrar novas oportunidades”, na visão de Souza, assim como “para aproveitar ao máximo essa e as próximas oportunidades e levar o nome da nossa universidade cada vez mais alto”, como conclui Florentin.

"A conexão entre empresa e universidade é muito frutífera e coloca os alunos em contato com um universo complementar ao da academia. Nossa gestão tem olhado com muita dedicação para essas parcerias, porque é uma colaboração recíproca que carrega todos os aspectos da inovação e do empreendedorismo", destacou o diretor da EESC-USP, Fernando Martini Catalano, que cumprimentou os estudantes indicados ao prêmio.