Na palestra "Energia Solar" proferida pelo representante da empresa Studio Equinócio, Carlos Café, foi abordado o cenário atual de serviços de instalação, projeto, manutenção, consultoria e treinamento da tecnologia como campos de atuação do engenheiro eletricista.A energia solar é limpa e renovável, e a conversão direta em energia elétrica é possível pelo aproveitamento da captação luz do Sol incidente sobre determinados materiais, particularmente os semicondutores como o silício, que compõem os painéis fotovoltaicos e permitem a excitação dos elétrons.O aquecimento de água é a principal aplicação dessa energia no Brasil; pode ser usada para aquecer a água consumida diariamente ou também de piscinas. Café explicou que, devido aos custos de importação dos painéis fotovoltaicos, a aplicação da tecnologia ainda não é tão difundida, mas que gradualmente, no decorrer dos próximos anos, deverá ter um maior incentivo por parte dos governos e interesse por parte da população.“A fusão entre a microgeração e o leilão exclusivo para projetos de energia solar no país deve fortalecer a cadeia produtiva e trazer a atenção dos investidores, tornando os custos de aquisição e instalação do equipamento mais acessíveis ao consumidor”, disse o palestrante.A partir dessa fonte energética é possível reduzir o valor da conta de energia residencial em até 100%, produzindo toda eletricidade através dos painéis solares. O desafio para o futuro é projetar antecipadamente as residências para instalação do equipamento.Porém Café destacou que o grande desafio não é somente o preço, mas também uma questão de cultura, pois as pessoas ainda possuem pouca informação sobre o conceito de energia solar, sua disponibilidade e oferta. “Acredito que em mais um ou dois anos a cultura já esteja disseminada”, supôs.Por ter origem em uma fonte inesgotável e ser livre de poluentes, a energia elétrica gerada através da luz do Sol atua diretamente no campo da sustentabilidade e do meio ambiente. Além disso, o palestrante ressaltou que do ponto de vista econômico também oferece benefícios, pois cria muitas oportunidades de emprego com necessidade de mão de obra local desenvolvendo arranjos produtivos e inteligentes.As colocações no setor para os engenheiros eletricistas são inúmeras: vão desde a cadeia industrial de fabricação de produtos como painéis, inversores e estruturas, até a cadeia de serviços como projeto e instalação. “Os engenheiros podem atuar na elaboração do projeto e supervisão na instalação, já que é importante e indispensável o acompanhamento de um profissional responsável”, explicou Café.A Integra Elétrica
Tradicionalmente o evento é organizado pelos alunos do curso de Engenharia Elétrica da EESC-USP, nas ênfases em Sistemas de Energia e Automação e em Eletrônica, e tem como objetivo integrá-los para desempenharem atividades pertinentes ao aprendizado da graduação e de atuação no mercado profissional, a fim de agregarem mais conhecimento na área. A abertura foi realizada pelo diretor da EESC-USP, Geraldo Roberto Martins da Costa, que destacou o importante papel do engenheiro eletricista no desenvolvimento de projetos inovadores e sustentáveis. A edição também teve o apoio do chefe do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC-USP, professor Ruy Alberto Correa Altafim. No decorrer da programação, realizada entre os dias 22 e 26 de setembro, a 20º Integra Elétrica também ofereceu workshops, minicursos e visitas técnicas nos quais os participantes puderam conhecer as áreas de atuação, novas tecnologias e oportunidades de empreendedorismo. Também durante o evento, os alunos interessados em participar no III Simpósio da Iniciação Científica da Engenharia Elétrica (CISEEL) puderam apresentar seus trabalhos, os quais foram avaliados por três professores convidados que escolheram os três melhores projetos desenvolvidos na graduação. Encerrando a Semana, os participantes realizaram a visita ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), uma instituição de pesquisa que desenvolve projetos nas áreas de física, química, engenharia, meio ambiente e ciências da vida e que possui um acelerador de partículas usado como fonte de luz, chamado síncrotron, sendo o pioneiro nesse gênero no Hemisfério Sul, projetado e construído no Brasil. Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC-USP
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Fotos para download:
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Carlos Café
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Da esquerda para a direita: o professor Ruy Alberto Correa Altafim e o diretor da EESC-USP, Geraldo Roberto Martins da Costa.
Crédito das fotos: Keite Marques