Docente da EESC recebe prêmio municipal de Ciência e Tecnologia
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Pesquisadores das mais variadas áreas, de institutos de pesquisa e de educação, receberam o Prêmio Ciência-Tecnologia São Carlos 2019.
A solenidade aconteceu na última semana e contou com a participação do vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Oswaldo Luiz Alves, além de representantes das Universidades, Centros de Pesquisas, Diretoria Regional de Ensino, Câmara Municipal, secretários e representantes da Prefeitura.
O Prêmio Ciência-Tecnologia São Carlos é um reconhecimento da Prefeitura de São Carlos aos cientistas e professores que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento científico nacional e internacional, fortalecendo a vocação de São Carlos como Capital Nacional da Tecnologia. “Já avançamos bastante, mas é necessário avançar mais. Convocamos todos aqueles que vivem em São Carlos, cidadãos, professores, cientistas a compartilharem ideias e fazer crescer um movimento em prol do desenvolvimento da cidade. E o prêmio é o reconhecimento anual para quem faz ciência na cidade”, falou o cientista e secretário de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, José Galizia Tundisi.
Os vencedores foram escolhidos por uma comissão de avaliação composta por professores universitários, pesquisadores e secretários de várias pastas.
O vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Oswaldo Luiz Alves, enalteceu a iniciativa de São Carlos em ter uma secretaria voltada à ciência e tecnologia. “Trata-se de uma iniciativa absolutamente pioneira, são poucos os municípios brasileiros que têm uma secretaria de ciência e tecnologia. E essa secretaria faz ponte entre a ciência e a tecnologia e os agentes de pesquisas”, disse.
Para ele, “o desenvolvimento nacional precisa do conhecimento da ciência, tecnologia, inovação e da educação e ações como o prêmio estimulam esses agentes. A ciência brasileira passa por um momento muito difícil, cabe a nós fazer com que a população entenda o papel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento do país e nos ajude a enfrentar esse momento”, disse Alves.
O vencedor na categoria Sênior também comentou sobre a necessidade da divulgação da ciência. “O prêmio dá visibilidade aos cientistas que muitas vezes não têm suas atividades muito conhecidas. Além disso, estimula os mais jovens a se interessarem pela ciência, hoje, eles estão muito afastados desse propósito”, disse o Prof. Dr. José Alberto Cuminato, do ICMC – USP-São Carlos.
Esse é o terceiro ano do prêmio que inclui também os professores da rede pública de educação. “É um importante reconhecimento. Nós, professores, somos guerreiros e lutamos diariamente para transformar a realidade dos nossos alunos. A ciência colabora com desenvolvimento cognitivo, habilidades e competências. É um incentivo para que eles busquem novos horizontes, contou a professora de Ciências da Escola Álvaro Guião, Gislaine Cristina Serrão, vencedora do Prêmio do Clube da Ciência.
O prêmio Jovem Cientista foi dado ao estudante Juan Jacomini, da Escola João Jorge Marmorato. O estudante apresentou um projeto de placas solares para aumentar a eficiência, gastar menos energia e ter mais sustentabilidade. “O prêmio é muito legal porque incentiva as pessoas mostrarem suas ideias e continuarem seus projetos”, contou Juan Jacomini. Para ele, “estudar é conhecimento e um dia vou me tornar um cientista”, afirmou.
Nova categoria
Além do reconhecimento das categorias Sêniores, Jovens Pesquisadores, Jovens Cientistas, Professores de Ciências e Clubes de Ciências, a Lei de nº 19.393, de 22 de outubro de 2019, de autoria do Vereador Gustavo Pozzi, passou a contemplar também a categoria Cientista Emérito.
A proposta é homenagear cientistas que ultrapassam a categoria Sênior, que estão trabalhando no munícipio há 50, 60 anos, e que têm uma contribuição relevante para o desenvolvimento do município e do Brasil.
Na edição do Prêmio Ciência-Tecnologia 2019 foram homenageados três cientísticas eméritos: Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas de Oliveira, Prof. Dr. Sylvio Goulart Rosa e o produtor rural e educador ambiental Flávio Marchesin.
Na solenidade de entrega, Sérgio Mascarenhas foi representado por Paulo Roberto Mascarenhas e Yvonne Primerano Mascarenhas. Físico formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1952) e graduação em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1951), foi o fundador do Instituto de Física e Química da Universidade de São Paulo (USP) e da unidade da Embrapa Instrumentação, participando da criação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Considerado o “mestre dos cientistas” e respeitado internacionalmente pelas suas contribuições à física, ao agronegócio e à medicina, Mascarenhas hoje, aos 91 anos, ainda está atuante e contribui com a Pesquisa e Inovação no Brasil.
O Prof. Dr. Sylvio Goulart Rosa há 27 anos atua nas áreas de empreendedorismo, inovação, transferência de tecnologia e desenvolvimento regional. É diretor presidente da Fundação Parque Tecnológico de São Carlos (ParqTec) e tem extensa contribuição com a inovação e aperfeiçoamento de tecnologias em São Carlos.
Já o produtor rural Flavio Marchesin é fundador da Escola da Floresta Sítio São João, onde espalha conhecimento sobre como cuidar da natureza de forma a ajudar a formação de cidadãos mais preocupados com o meio ambiente.
Texto e fotos: Secretaria Municipal de Comunicação de São Carlos
Vídeo: Assessoria de Comunicação da EESC