Live: Desafios para implantação da rede 5G vão além da tecnologia
Enquanto aguardamos o leilão da rede 5G, que já foi adiado algumas vezes no Brasil, Ciência USP apresenta ao público as possibilidades dessa tecnologia e as disputas que ela envolve.
Para isso, o Canal USP recebe na próxima quarta-feira (5), às 11 horas, dois convidados.
Filipe Figueiredo é graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e criador do site e podcast Xadrez Verbal. Colaborou em diversos sites e atualmente é colunista de política internacional na Gazeta do Povo. Também faz os roteiros e a locução dos vídeos de História no canal Nerdologia, um dos maiores canais educativos e científicos do YouTube, liderado pelo biólogo Atila Iamarino.
Sergio Kofuji é físico e tem mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela USP. Atualmente é professor da Escola Politécnica (Poli). Tem experiência em Arquiteturas Avançadas de Computadores, atuando principalmente em Computação Pervasiva, Redes de Sensores Sem Fio, Grades Computacionais de Armazenamento (DataGrids, GridServices), Processamento Paralelo, Processadores (SMT, CMP, PIM), Simuladores de Processadores (Programação no Cell), Arquitetura Reconfigurável, Sistemas Ciber-Físicos e Embarcados, Imageamento IR, UWB e ondas milimétricas, Computação Móvel e Sem Fio, e Redes de Alta Velocidade.
Telecomunicação e geopolítica
A rede 5G vai permitir conexão quase instantânea, e promete abrir caminho para aplicações que ainda engatinham, como internet das coisas, carro autônomo e cirurgias a distância. E o Brasil, que tem mais celular do que gente, com 225 milhões de aparelhos, é um mercado cobiçado para quem quer vender qualquer serviço de telecomunicação.
A concessão da frequência 5G, porém, colocou o País no centro de uma disputa entre China e Estados Unidos que não é só comercial, mas também geopolítica. Os Estados Unidos pressionam para que o Brasil não deixe a chinesa Huawei Technologies entrar na concorrência pela infraestrutura da nossa rede 5G, com acusações que envolvem desrespeito à propriedade intelectual, roubo de dados e até um esquema de espionagem.
Para o governo americano, a companhia chinesa pode colocar em risco a comunicação envolvendo defesa, segurança pública e até mesmo a troca de mensagens entre os cidadãos comuns. Já a empresa chinesa diz que todas essas acusações estariam servindo, na verdade, para justificar interesses comerciais norte-americanos.
Como o governo brasileiro atualmente é alinhado a Washington, é possível que siga os passos dos Estados Unidos na disputa. Mas nada está definido ainda.
O acesso é livre e a live pode ser acompanhada a partir das 11 horas neste link.