Representado por professora da EESC, Brasil participa de congresso internacional sobre formação de engenheiros
Em evento promovido pela Hunan University, docente do Departamento de Geotecnia compartilhou experiências do modelo de educação da Escola de Engenharia de São Carlos.
24/07/2025|Atualizado: 25/07/2025
Da Redação | SVCOM
24/07/2025|Atualizado: 25/07/2025 Da Redação | SVCOM

A professora Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha, do Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) foi a única representante do Brasil e da América Latina a participar do Primeiro Simpósio Internacional de Educação e Formação de Engenheiros de Elite, promovido pela Hunan University, em Changsha, na China. O evento, parte integrante do 2nd International Yuelu Symposium on “Geotechnical and Underground Engineering”, ocorreu no dia 9 de julho e teve como pauta a discussão de programas de engenharia de diferentes países, como França, Suíça, Japão, China, além do Brasil.

“Segundo o professor Han-Lin Wang, do College of Civil Engineering da Hunan University, atualmente, a China está criando um modelo de educação de engenharia similar à escola de engenharia francesa. Interessados também em ouvir outras experiências, me fizeram o convite para compartilhar o formato dos cursos de engenharia da EESC-USP, uma escola de engenharia brasileira. Foi uma excelente oportunidade para apresentar dados globais da USP, e mais detalhados da nossa Escola, com informações gerais sobre cursos de graduação, departamentos, e foco especial nos programas de pós-graduação em engenharia, além de dados sobre a cidade de São Carlos e de parcerias internacionais da EESC com instituições estrangeiras”, destaca Cristina.

Para além da apresentação da EESC, Cristina aproveitou o evento internacional para também conhecer melhor formatos de cursos de graduação e de pós-graduação em engenharia de outros países. “Trata-se de uma imersão importante para, inclusive, evidenciarmos toda a nossa qualidade na formação de novos profissionais. Sob esse aspecto, algumas mesas de debate destacaram pontos de vistas de professores de diferentes países acerca da educação e formação de um engenheiro em alto nível, o que tornou ainda mais enriquecedora a nossa participação no evento.”

Como fruto da experiência da EESC compartilhada pela docente, já houve uma aproximação interessante entre as universidades. “Logo após o evento fui procurada pela vice-diretora da divisão de cooperação internacional para fazermos convênio para intercâmbio de estudantes. Já recebi da Universidade de Hunan um texto de modelo de convênio, e estamos ajustando um acordo de cooperação com o auxílio da CCNInt-EESC”, revela Cristina.

“O evento nos possibilitou registrar alguns diferenciais, como o tempo de formação de um engenheiro com mestrado – em torno de sete anos no Brasil e cinco anos na Europa -, e o fato de que, na EESC, temos grupos de estudantes que se envolvem ativamente em projetos extracurriculares, algo que foi destacado por professores de universidades de outros países”, avalia a docente da EESC.

“Outro ponto que me chamou bastante atenção nas discussões foi a importância dada a tópicos como habilidades sociais e de comunicação, bem como o incentivo à criatividade nos cursos de engenharia. Muito foi falado que no ensino de engenharia não focamos em preparar os alunos para desenvolver competências como saber trabalhar em equipe, capacidade de liderança e comunicação, além de criatividade, fatores que em conjunto com o conhecimento técnico, podem determinar o sucesso profissional e que, por isso, devem ser estimulados nas engenharias”, completa Cristina.


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