Trabalho de doutoranda da Escola é premiado em Congresso da ABGE
O prêmio foi oferecido pela Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE), que notificou os associados sobre os melhores trabalhos no último dia 21 de fevereiro, via e-mail. O resultado também havia sido divulgado durante a cerimônia de encerramento do Congresso, que ocorreu entre os dias 1 e 6 de dezembro de 2013, na cidade do Rio de Janeiro.
O evento se dividiu em seis categorias, com uma premiação em cada. O estudo da aluna foi considerado o melhor dentre os apresentados no II Simpósio Sobre Mineração e Materiais de Construção. Além de um certificado, o trabalho será publicado na Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental da ABGE.
Para a autora, o prêmio é o sinal de que o estudo teve destaque, o que a incentiva a continuar o projeto. “É gratificante ver o trabalho reconhecido, mas a importância maior é para a Escola, principalmente para o Departamento de Geotecnia, por projetá-lo como meio em que são desenvolvidas pesquisas sólidas de inovação tecnológica”, ressaltou.
O orientador concorda que o prêmio é muito significativo para o Departamento e a Escola, porém ainda mais relevante à pesquisadora. “Para a doutoranda o mérito do trabalho no Congresso é muito interessante, pois oferece muitas oportunidades à pesquisa. Além disso, a publicação do artigo científico dá outra visibilidade e importância ao estudo”, afirmou Paraguassú.
A analise trata de uma inovação na técnica conhecida como telagem, utilizada para reforçar rochas ornamentais que são peças frágeis e, por isso, necessitam de mais resistência para serem comercializadas. Esse tipo de material possui um padrão estético diferenciado, com alto valor agregado.
Abiliane propõe uma forma de telagem que substitui a tradicional de fibra de vidro por um composto à base de resina epóxi e sisal, o qual é uma fibra natural e apresenta muitas vantagens em relação à sintética, dentre as quais pode-se destacar o custo relativamente baixo e a disponibilidade maior, além de caráter atóxico e biodegradável. A grande resistência mecânica dessa fibra é um fato promissor quanto à sua aplicação no reforço das placas de rocha.
O Brasil se destaca como um dos grandes exportadores de rochas ornamentais, sendo que no ano de 2013 parte considerável dos mais de US$ 900 milhões no faturamento de exportação foi obtido com a comercialização de materiais exóticos.