Ex-aluna de doutorado recebe prêmio em cerimônia da Capes, em Brasília
No evento – oferecido por uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Vale, firmada durante a conferência Rio +20 –, Idelma foi congratulada com o certificado de premiação e troféu, além de uma bolsa a ser concedida pela Capes para realização de estágio pós-doutoral de até três anos em instituição nacional, ou um ano fora do país. “A premiação desse trabalho fecha com ‘chave de ouro’ o intenso trabalho desenvolvido ao longo de quatro anos. É motivador para outros pesquisadores darem continuidade aos estudos voltados para o desenvolvimento e melhoramento social de forma sustentável”, ressaltou a pesquisadora.
O concurso também ofereceu uma premiação diferenciada para o orientador da tese, o professor Luiz Antônio de Oliveira Nunes, do Departamento de Ciência e Física Interdisciplinar (FCI) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), credenciado ao PGrCEM – que já foi um programa interunidades e ainda aceita como orientadores docentes de toda a USP e outras instituições, desde de que atendam aos seus critérios de qualidade. Ele recebeu um auxílio a ser concedido pela Vale para participar de um congresso internacional relacionado à área temática da tese.
A pesquisadora não deixou de destacar e agradecer o apoio de Nunes – o qual ela conheceu ainda enquanto aluna de graduação, também colaborou em seu mestrado como coorientador e, em seguida, no desenvolvimento do doutorado. “Sua vasta experiência na área de espectroscopia ótica foi fundamental para o desenvolvimento e resultado final do trabalho”. Outra referência citada por Idelma foi a professora Maria Cristina Terrile, também do IFSC, que contribuiu fortemente junto com Nunes para a realização da tese. Atualmente a docente é sua orientadora no curso de pós-doutorado desenvolvido naquele instituto.
Sobre a pesquisa
O trabalho apresentou um novo material que absorve luz solar da região classificada como visível, que nossos olhos captam, e converte para a região do infravermelho. Esse fenômeno pode ser usado para aumentar a eficiência de fotoconversão das células solares de silício cristalino (Si-c) convencionais, que absorvem e convertem a luz do sol em energia elétrica, pois elas trabalham com as frequências não visíveis, que são menos abundantes na forma natural. Sem a nova etapa estudada, essa incompatibilidade espectral limita a eficiência das células solares a valores entre 8 e 12 por cento.
A pesquisa revelou que novos materiais (vidros e nanocristais) dopados com os íons terras raras Térbio (Tb3+) e Itérbio (Yb3+) possibilitam aumentar a eficiência das células solares de Si-c para valores de 28 até 40 por cento. Isso ocorre pelo motivo de que o Térbio isolado absorve luz da região do visível e, ao interagir com o Itérbio, realiza o processo de transferência e conversão para o infravermelho, criando recursos mais favoráveis para as células de Silício.
O resultado do trabalho apontou um avanço acadêmico nos estudos na área de processos de conversão de energia, com grandes possibilidades de testes para escala industrial, que podem resultar em uma melhoria significativa na produção de energia elétrica por meio das placas solares convencionais.
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Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC
Fotos: Arquivo pessoal/Idelma Terra e Coordenação de Comunicação Social da Capes