Experiências do Programa Campus Sustentável são compartilhadas na EESC
O programa é promovido pela Prefeitura do Campus USP da Capital (PUSP-C), com a expectativa de execução em 20 anos (2014-2034) e o objetivo de tornar a Universidade uma referência nacional na temática de sustentabilidade e destaque em rankings internacionais por meio do planejamento e desenvolvimento de projetos e consolidação de agenda de práticas nos campi.
No período da manhã os visitantes fizeram uma apresentação na qual estiveram presentes o assessor administrativo da Diretoria da EESC, professor Edmundo Escrivão Filho, membros da Comissão de Sustentabilidade (CS) da Escola e servidores do campus em São Carlos interessados pelo tema.
De acordo com Martini, que também é professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas da Escola Politécnica da USP, a palestra teve o objetivo de mostrar novas percepção e consideração nas ações cotidianas sobre os aspectos econômico, social e cultural e sua relação com a natureza. “A mudança já vem sendo aderida pela sociedade como um todo, e a Universidade tem o dever de interpretar esses sinais e traduzir com ações específicas, não apenas com a manutenção das áreas do campus, dos edifícios e suas unidades, mas também dos conteúdos programáticos dentro das disciplinas”, comentou o professor.
Cristina, que atualmente trabalha no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, apresentou a trajetória do Programa Campus Sustentável, que resgatou o trabalho de uma década em que se pensou e repensou a gestão do campus da Capital e a relação interna entre os órgãos da Prefeitura, que definia suas atribuições, organização, relacionamento com os usuários do espaço e avaliava os resultados de ações.
“A formatação do programa surgiu com a experiência vivida ao longo de dez anos na intenção de construir um ambiente favorável para a realização de projetos e de um cenário no qual o usuário do campus recebesse um melhor atendimento para a sua qualidade de vida acadêmica. O papel da Prefeitura é prover a Universidade de todos os meios, como a infraestrutura, para alcançar o resultado de sua missão”, explicou a servidora.
No total, nove projetos exitosos foram criados para compor o programa, entre os quais está a temática mobilidade sustentável, visando ao melhoramento do transporte coletivo e à implantação de ciclovias e faixas exclusivas de ônibus no campus. Já um projeto piloto, que visa tratar da relação com o usuário externo da USP, também está em fase final de regulamentação para o lançamento de edital com o objetivo de regulamentar a prática esportiva aos sábados a partir do próximo ano, de forma a não prejudicar o funcionamento do campus.
Cristina finalizou ressaltando que, mesmo em fase embrionária, as ações são tangíveis e reais em comparação às que foram pensadas no passado, pois abrigam todas as intenções e preocupações de uma forma mais orgânica. O Programa terá a primeira etapa destinada para a concepção de projetos, a segunda para as questões de sustentabilidade na gestão das áreas comuns e, finalmente, a terceira etapa focará a questão da inserção e da integração da sustentabilidade em cada unidade. “Em 2034 a USP completará 100 anos como instituição de ensino, e o que desejamos para as comemorações do centenário é entregar um campus efetivamente mais sustentável”, salientou Cristina.
No período da tarde, Martini e Cristina realizaram uma reunião com os membros da Comissão de Gestão Estratégica (GE) da EESC e convidados para debater o planejamento estratégico como um meio de relacionar o futuro da Escola aos projetos da Instituição e organizar os objetivos para sejam alcançados.
“Primeiramente define-se quais objetivos pretende-se atingir, depois qual o caminho a percorrer do hoje para o amanhã de forma sustentável. Não podemos pagar no futuro um preço pela falta de estratégia e planejamento do presente. Devemos agir de forma organizada e objetiva para alcançar bons resultados e manter integridade do meio em que vivemos e que queremos deixar para as próximas gerações”, concluiu Martini.
Na reunião estiveram presentes o presidente do GE, professor Edmundo Escrivão Filho, os docentes da EESC Victor Ranieri, Edson Wendland, Maximiliano Malite, Leopoldo Pisanelli Rodrigues de Oliveira, Oscar Rodriguez, Ana Paula Larocca, Luis Ricardo Kabbach de Castro e Marcelo Montaño, assim como a educadora ambiental Patricia Cristina Silva Leme.
Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC Fotos: Umberto Patracon