Engenharia: atuação e demandas na indústria de hidrogeradores para a geração de energia elétrica
18 de novembro de 2015
Atualizado: 19 de novembro de 2015
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A SEMEC ocorre anualmente e tem como objetivo integrar os alunos de graduação em engenharia de mecânica de várias instituições de ensino e interessados na área, a fim de aproximá-los das crescentes demandas da carreira profissional com os mais variados temas e atualidades ligadas à área.

 

Um dos assuntos abordados nessa edição do evento foi a indústria de hidrogeradores, uma importante área de produção de dispositivos para o funcionamento das usinas hidroelétricas e, consequentemente, para a geração de energia elétrica do País. Com a crise hídrica agravada dos últimos meses, foram feitos questionamentos sobre os problemas e as soluções que podem contribuir na diminuição dos impactos para a população.

 

eesc semec industria hidrogeradores 09 siteUma das consequências negativas da crise foi o acionamento das termoelétricas para suprir o consumo de energia no país após a insuficiência das usinas hidrelétricas. Para debater o assunto esteve presente o engenheiro da Andritz – empresa atuante na fabricação de hidrogeradores – Lamartine Silva, falando sobre a atuação e o papel do engenheiro na montagem dos equipamentos e nas inovações para as usinas hidrelétricas.

 

Segundo o engenheiro, como no Brasil a maior fonte energética é composta de usinas hidrelétricas, a crise hídrica trouxe a necessidade de inovar e investir na expansão e em fontes alternativas. A matriz hidráulica no país corresponde cerca de 60% do total gerado, seguido pela fóssil (18,23%), de biomassa (8,93%) e a eólica (4,8%). “Para se investir nas hidrelétricas e expandir as fontes alternativas de energia elétrica no país, será importante a capacitação de engenheiros para o desenvolvimento de projetos e fabricação de equipamentos”, comentou o palestrante.

 

A empresa, com sede na Áustria, possui filiais em diversos países do mundo. Silva comentou que nos países europeus há mais diversidade de matrizes energéticas por causa da flexibilidade e das condições ambientais favoráveis para implantação de sistemas para geração de energia eólica e das ondas do mar. “A empresa está preparada para atuar em outras matrizes energéticas no Brasil, a partir do momento em que as condições forem viáveis para aplicação”, destacou o engenheiro.

 

Para finalizar, o palestrante comentou que, além de investir em fontes limpas e renováveis, o Governo deve também investir mais na construção de novas usinas hidrelétricas para suprir a crescente demanda, levando em consideração o longo tempo que se leva para fazer o projeto, tirá-lo do papel e finalizar as obras. “É preciso se atentar que as usinas são importantes para o crescimento industrial e econômico. Uma vez que a nossa maior matriz energética é hidráulica e não temos outras fontes alternativas imediatas, temos que possibilitar a viabilidade de novos projetos e investimentos”, explicou.

 

Além dessa palestra, a Semana ainda contou com apresentações sobre carros híbridos e elétricos, engenharia de petróleo, manufatura aditiva, automação industrial, empreendedorismo, entre outros temas, além de minicursos e visitas técnicas.

 

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESCFotos: Keite Marques

 

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