Ciclo de palestras aborda atualidades e expectativas em engenharia
Nessa edição foram expostos ao público os temas: impressoras 3D, start-ups, interfaces computacionais, criatividade e inovação, usinas hidrelétricas e carro autônomo. O engenheiro Fernando Araújo Moreira apresentou o tema Criatividade e Inovação: Motor Propulsor da Nova Engenharia, o qual abordou como os novos profissionais da área devem se preparar para novos paradigmas e desafios da revolução tecnológica.
De acordo com Moreira, uma nova época da engenharia está iniciando na qual inovar será fundamental para o sucesso na carreira. Porém, para se chegar nesse ponto é também necessário praticar a criatividade. “Não é possível pensar em engenharia sem o processo de inovação, consequentemente sem a criatividade, que por sua vez também exige habilidades e curiosidade de tudo que está ao seu redor”, explicou o palestrante.
A ideia é mostrar para os futuros engenheiros que a evolução social foi marcada por revoluções que serviram como importantes e necessárias ferramentas tecnológicas e mudanças nas áreas de comunicação, mobilidade, entre outras. “É preciso ter o interesse por várias áreas como humanas, extas, biológicas entre outras. Estar atualizado sobre as crescentes demandas, as tendências e as tecnologias de forma a utilizar toda sua competência e conhecimento para inovar e criar os conceitos de serviços e produtos”, concluiu o Moreira.
Tratando de outro tema atual, o palestrante Sadalla Domingos apresentou o Projeto UHR Henry Borden: transformação das Usinas Hidrelétricas em Cubatão em usinas reversíveis. Segundo ele, o procedimento é dominado e comum em alguns lugares, porém no Brasil ainda é muito incipiente. A técnica consiste em construir dois reservatórios de água – um inferior e outro superior – ligados à usina hidroelétrica e seriam acionados de acordo com a demanda de consumo. A energia elétrica é gerada através da gravidade com o fluxo de um reservatório mais alto quando houver maior demanda por energia do sistema. A água é então armazenada total ou parcialmente em no reservatório inferior para ser bombeada para cima novamente quando houver excedente de energia, iniciando um novo ciclo.
De acordo com Domingos, o local proposto para o projeto piloto foi a região de Cubatão, onde já existe no local um reservatório superior do Rio das Pedras, com o curso para a Serra do Mar e que contribui no sistema de abastecimento da região. “Construindo o depósito inferior teríamos um ciclo fechado de água com sobra de recurso hídrico para o abastecimento e outros fins, como diluição do esgoto tratado, navegação, recreação, entre outros usos inibidos”, citou.
Apesar de a técnica ser vantajosa, principalmente diante a atual crise hídrica do Brasil, o palestrante ressaltou que no país existe um limite tecnológico que inviabiliza o empreendimento. “Primeiramente é preciso fazer com cautela um estudo prévio de viabilidade para concepção analisando custos, problemas ambientais e sociais, além de questões na gestão pública. Para tanto, toda pesquisa deve ter a importante colaboração e parceria entre universidades e empresas”, ressaltou o palestrante.
Com temas variados e debates abertos, o público participou com perguntas e respostas a com interesse de buscarem mais ideias e solução para as crescentes demandas e necessidades da sociedade e o meio ambiente em que vivemos. Além disso, o Thimk contribuiu para a formação e aprendizado dos novos engenheiros através da conscientização do seu papel em prol de uma sociedade moderna, mais sustentável e tecnológica. “Mais uma vez a meta foi alcançada, com os participantes interagindo com os palestrantes e resultando em um debate cheio de ideias, aprendizado e novas percepções”, destacou Batista.
Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC
Fotos: Keite Marques