Idosos ganham autonomia com monitoramento domiciliar da saúde
13 de julho de 2016
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eesc medidor de glicose siteMarina acompanhou 150 idosos, de ambos os sexos, portadores de diabetes e hipertensão, com média de idade de 72 anos, usuários de aparelhos para medidas de pressão e glicose no domicílio. A pesquisadora afirma que o monitoramento domiciliar nesses casos pode prevenir complicações, além dar autonomia ao paciente para participar ativamente do seu tratamento, fazendo-o responsável pelas ações de cuidado. “As doenças crônicas exigem cuidado longitudinal e, por isto, o monitoramento domiciliar pode oferecer uma atenção mais integral e continuada”, afirma Marina.

 

A pesquisadora alerta que é necessário saber manusear corretamente os medidores, já que a decisão vai se basear nestes resultados. “Para o idoso, desvendar o uso das novas tecnologias pode ser uma tarefa complexa por aspectos relacionados ao envelhecimento e à própria tecnologia”, revela. E ressalta que declínio sensorial, motor ou cognitivo e o equipamento com linguagem técnica e design pouco amigável podem comprometer o uso.

 

Os idosos são a favor do gerenciamento domiciliar, diz a pesquisadora, que reforça a necessidade do investimento em informação e educação em saúde para o cuidado integral no tratamento de doenças crônicas. Para Marina, uma das alternativas é facilitar o acesso às informações sobre o tratamento da doença e sobre o uso dos equipamentos, por meio de oficinas para ensinar o uso correto dos aparelhos e, ainda, disponibilizar material didático adequado e espaço permanente para dúvidas. “São estratégias para se garantir tomadas de decisão em saúde mais adequadas e seguras”, concluiu Marina.

 

A dissertação O monitoramento domiciliar das condições crônicas e a tomada de decisão por idosos e diabéticos e hipertensos foi apresentada em 23 de fevereiro de 2016 pela terapeuta ocupacional Marina Soares Bernardes pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia, parceria entre a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), todos da USP, com orientação da professora Carla da Silva Santana, da FMRP.

 

Mais informações: (16) 3441-1345.

 

Por Giovanna Grepi do Serviço de Comunicação Social do Campus de Ribeirão Preto

Imagem: labs.mil.up.pt


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