Estudo demonstra como melhorar a proteção da rede elétrica
Renan (à esquerda) e seu orientador, o professor Mario Oleskovicz do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC |
Dentro do universo da engenharia elétrica existe um equipamento chamado de relé, que é capaz de identificar eventuais curtos no sistema elétrico e isolar o trecho exato da região afetada para que, posteriormente, o conserto seja feito. Dessa forma, o equipamento evita que o problema atinja um número maior de consumidores, já que os demais locais próximos ao danificado continuarão recebendo energia por rotas alternativas.
Mas, normalmente, os relés convencionais não estão programados para sinalizar curtos-circuitos quando uma rede suprida por hidrelétricas passa a receber, também, energia de usinas fotovoltaicas. Esse cenário pode limitar a operação dos relés, ainda mais com o crescimento das usinas solares nos últimos anos. Mas, então, como superar o impasse e garantir o serviço oferecido por essa importante ferramenta?
Quem propôs uma solução foi Renan Furlan, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. O estudante encontrou, por meio de simulações e técnicas computacionais, a configuração ideal do para que o aparelho se adeque a essa nova fonte de energia gerada a partir do Sol.
A pesquisa faz parte do trabalho de mestrado de Renan e foi realizada no Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica (LSEE) do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.
O estudo está descrito no artigo Improvement of overcurrent protection considering distribution systems with distributed generation, que recebeu o prêmio de melhor trabalho na 18ª Conferência Internacional sobre Harmônicos e Qualidade da Energia (18th International Conference on Harmonics and Quality of Power – ICHQP), realizada entre os dias 13 e 16 de maio, em Liubliana, capital da Eslovênia. O evento é o principal do mundo na área de qualidade da energia e discutiu 132 artigos no total, sendo quatro deles do LSEE.
Também fazem parte do Laboratório e participaram com Renan da elaboração do artigo premiado os alunos de mestrado Rodrigo Bataglioli e Iago Faria, além do doutorando Carlos Beuter. A pesquisa foi orientada pelo professor Mario Oleskovicz do Departamento.
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Por Henrique Fontes da Assessoria de Comunicação do SEL