Quando recebeu o e-mail do Escritório de Saúde Mental da USP (ESM) comunicando sobre a abertura de inscrições, Ana Paula*, 25, preencheu o formulário imediatamente. Matriculada no programa de pós-graduação do Departamento de Cinema da Escola de Comunicações e Artes, a estudante procurou ajuda assim que passou de desmotivada a deprimida.
“Sensação de ansiedade extrema como consequência da sobrecarga de trabalho, do isolamento social, das constantes preocupações e medos causados pela pandemia, assim como a perda de pessoas próximas. A pesquisa acadêmica também parecia perder o sentido, devido ao afastamento do campus universitário e aos ataques constantes às universidades públicas e à ciência”, conta a estudante.
Desde antes da pandemia, o ESM já vinha utilizando um formulário on-line para iniciar o acolhimento psicológico a estudantes interessados. Do ano passado para cá, não apenas os atendimentos são feitos remotamente, como também pesquisas e ações de promoção à saúde mental.
Dentre as modalidades oferecidas, há o acolhimento personalizado, respeitando o sigilo de cada situação, e as rodas de conversa, que têm como foco a abordagem socioemocional, construindo e fortalecendo redes de apoio entre estudantes. Ambas as modalidades utilizam o Google-meet como ferramenta digital para os encontros.
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