Grupo SEMEAR da EESC conquista primeira colocação em competição de robótica
A participação em competições é sempre muito importante e marcante para os grupos extracurriculares, em que se pode ter grande aprendizado. Neste ano, no entanto, o isolamento social limitou as atividades e, como alternativa, foram criadas competições virtuais. Uma delas, foi a CBR, Competição Brasileira de Robótica, que usou de simuladores para realizar a edição de 2020
A CBR é a maior competição universitária de robótica do Brasil, promovida em parceria com Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), que ocorre todos os anos no mês de novembro. Ela é composta por 16 categorias que reproduzem problemas do cotidiano, nos quais robôs autônomos necessitam realizar as tarefas corretamente.
O SEMEAR, Soluções em Engenharia Mecatrônica e Aplicação na Robótica, vinculado à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, é um grupo cujo o objetivo é completar a formação acadêmica e profissional de seus membros por meio de projetos inovadores em engenharia e robótica, desde robôs de combate, autônomos e drones até iniciativas de extensão social. Voltado para seus projetos de robótica autônoma, o grupo participou da categoria IEEE- Open da CBR e conquistou o primeiro lugar.
A equipe Atena, que é um braço do SEMEAR em competições de robótica, representou o grupo juntamente com outras duas equipes: Droid (UnB) e Erus (Ufes).
A categoria IEEE Open traz desafios do mundo real em menor escala, procurando soluções por meio de robôs autônomos. Em 2020, como acontece a cada dois anos, havia um desafio novo: Supporting Robots for Warehouse Operations, operações em armazém.
O desafio
O robô era colocado em qualquer parte do armazém e precisava localizar-se, localizar os diferentes pacotes e depositar em seu respectivo local. São três tipos diferentes de pacotes: os coloridos, que devem ser depositados nos locais conforme a sua cor; os pretos, com códigos de barra representando números binários, que devem ser depositados no armário com a prateleira correspondente ao seu número; e os brancos, com números arábicos, em que a lógica de depósitos segue a mesma dos pretos. O robô tinha cinco minutos para depositar a maior quantidade de pacotes e conseguir a maior pontuação.
A competição, nessa categoria, consistiu de duas fases. Na primeira, a equipe submeteu um TDP (Team Description Paper), no qual descreveu as ideias implementadas para a resolução do problema, relatando a estratégia, os sistemas e os componentes utilizados, contendo detalhes técnicos do funcionamento. Na segunda, apresentou os projetos pelas equipes, valendo 30% da nota, e quatro rodadas dos robôs em simuladores, contabilizando a média dos tr}es maiores rounds, valendo 70%.
Para a resolução, a equipe do SEMEAR utilizou recursos como lógica de grafos, visão computacional usando Open CV e redes neurais. Além disso, para um melhor deslocamento, foi utilizado rodas ominiwheels, focando no deslocamento em 90°. Apesar de ser um desafio inteiro virtual, o grupo ainda projetou toda a mecânica e eletrônica do robô, mostrando a grande proximidade com a realidade.
A plataforma utilizada para a simulação foi o Coppelia, na qual foi possível programar e realizar todo o proposto. A equipe conseguiu realizar todo o desafio com a sua solução e, assim, destacar-se na categoria, conquistando a primeira colocação.
Mais informação:
http://www.cbrobotica.org/