Aluno da EESC desenvolve projeto de visita on-line a exposição de arte
22 de dezembro de 2020
Atualizado: 01 de julho de 2021
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Durante a pandemia do novo coronavírus, que pede o distanciamento social, museus e galerias perceberam a necessidade de readequamento no setor artístico. Foi assim com o Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), da cidade de Ribeirão Preto, que por meio de visita virtual gamificada conseguiu dar continuidade a sua missão – divulgar, incentivar e tornar acessível a arte contemporânea brasileira, mesmo em período atípico. 

O projeto, que possibilitou apresentar virtualmente a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, com curadoria de Rejane Cintrão, foi desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico e mestrando em Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Ícaro Ostan, e a codesenvolvedora Ingrid Assis Ostan, arte-educadora do IFF. Clique aqui para fazer a visita.

Reprodução do site do Instituto Figueiredo Ferraz

“Durante o mestrado eu tenho estudado o desenvolvimento de ambientes virtuais, sobretudo voltados para aplicações de realidade virtual, como forma de engajar usuários durante a prática de fisioterapia robótica”, informa o engenheiro. O estudo e a aplicação de “técnicas de simulação de sistemas físicos” também foram importantes para a execução do projeto, segundo Ostan.

A ideia da visita virtual gamificada, conta Ingrid, surgiu com o objetivo de criar um projeto diferente para o IFF neste período. Assim, os irmãos se dividiram entre a parte teórica e a aplicação prática. A familiaridade com ferramentas de desenvolvimento facilitou o processo de criação, diz Ostan. “Eu tentei aplicar alguns atributos simples que pudessem aumentar o realismo da experiência virtual e, com isso, tornar a experiência mais engajadora e imersiva, como visão em primeira pessoa, o som dos passos ao caminhar, escala e proporção entre os objetos.”

Assim, o projeto incentivou a realização de novas atividades remotas com as escolas que antes da pandemia visitavam presencialmente o IFF, sendo possível “efetuar todo o percurso da visitação juntos, através de plataformas de encontro on-line, como se estivessem todos presentes no espaço físico, criando uma imersão dos alunos, de forma que todos pudessem compartilhar a mesma experiência simultaneamente”, diz a arte-educadora. Além disso, a visita virtual atraiu novos visitantes.

Por Vitória Pierri, do Jornal da USP


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