Cerimônia de denominação do Bloco E-1
No dia 10 de fevereiro, como parte das comemorações dos 70 anos da EESC-USP, será feita uma homenagem ao primeiro diretor da Unidade. Na oportunidade, o Bloco E-1, sede administrativa da Escola de Engenharia de São Carlos, receberá o nome do professor Theodoreto de Arruda Souto, que ocupou o cargo de 28 de dezembro de 1952 a 27 de novembro de 1967.
Sobre o E-1
O Bloco E-1 é considerado uma obra marcante, tradução e consolidação da arquitetura moderna, verdadeiro referencial da arquitetura escolar brasileira. Sua construção fugiu às soluções dadas até então pelos projetistas especializados na edificação de prédios escolares, que tradicionalmente imprimiam o estilo neoclássico a esse tipo de instalação.
Não obstante o emprego de concreto armado, aço e vidro, o prédio erguido sobre pilotis transmite ao observador uma ideia de leveza e harmonia, talvez acrescida pelo detalhe característico impresso nas escadas externas construídas em sua face norte.
Foi entregue ao escritório do arquiteto Hélio de Queiroz Duarte e do engenheiro Ernest Robert de Carvalho Mange, com autorização concedida pelo Conselho Universitário, em 12/2/1954, o encargo de executar um estudo preliminar e um anteprojeto para a construção dos prédios e instalações definitivas da Escola a partir do início do ano seguinte.
Por meio de concorrência, foram selecionados especialistas para elaboração do projeto de estrutura de concreto e instalações gerais.
Passou-se depois aos trabalhos de moldagem e cravação das 200 estacas previstas e também publicou-se o edital de concorrência para a construção total do primeiro prédio.
Firmou-se contrato por administração, em que se estabeleceram multas como prêmios referentes ao preço e à duração da obra, além da exigência dos processos e equipamentos mais modernos e econômicos para a construção.
O projeto inicial previa a construção de diversos outros prédios que não puderam ser edificados por falta de verbas.
Já era esperado um período de contenção de despesas e, no início de 1955, as obras foram suspensas em virtude do congelamento dos recursos financeiros destinados à Escola. Liberados parceladamente mais tarde, decidiu-se inserir diversas modificações em detalhes para maior economia. Somente em 1956, a metade do prédio foi concluída e passou a ser ocupada pela Escola. Em 1957, a construção do Bloco E-1 foi terminada, o que possibilitou a mudança gradativa de alguns setores que funcionavam no prédio da Casa d’Itália.
O edifício consistiu de quatro pavimentos, com área útil total aproximada de 3.400 m2. A adoção do sistema de divisórias removíveis permite fácil adaptação dos ambientes às necessidades ocasionais. Acobertura do prédio foi projetada para fins didáticos e de pesquisa, sendo o pavimento térreo destinado a serviços para alunos, instalação de um laboratório e circulação sob o vão livre. Conta-se que o Presidente Juscelino fez questão de passar sob o prédio dirigindo o carro que o trouxera a São Carlos.