Área 2 do Campus está na publicação "Doações e Doadores da USP"
“A comemoração dos 90 anos de fundação da Universidade de São Paulo – USP – é mais uma oportunidade para reflexão sobre os caminhos até hoje percorridos pela instituição na construção de conhecimento e pesquisa acadêmicos para lastrear o desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da cultura das sociedades paulista e brasileira”, disse o reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr., na apresentação do livro Doações e Doadores da USP, distribuído como parte do nonagésimo aniversário da Universidade.
Relembrando a trajetória da USP, Carlotti ressaltou: “Nessas nove décadas, também foi importante e significativa a contribuição de fundações, empresas, pessoas físicas, sob as formas de doações, convênios e outras, para o desenvolvimento exitoso de suas atividades acadêmicas e científicas e a necessária construção da infraestrutura que as acolhe e abriga. É de uma parcela dessas contribuições que trata esta publicação”.
“São mostradas nestas páginas”, indicou Carlotti, “a história da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo; é recuperado o processo de doação que resultou na criação, em Piracicaba, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; as atividades e o desenvolvimento dos campi da USP em São Carlos; a doação e criação da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin na Universidade de São Paulo e a reforma e recuperação do Museu Paulista, o tradicional Museu do Ipiranga, após sua administração ter sido transferida para a USP”.
“São doações privadas”, lembrou a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, “que se somam ao orçamento dotado pelo governo do Estado de São Paulo, possibilitando à USP refinar o acompanhamento das crescentes responsabilidades que cabem a uma universidade pública na formação de profissionais em todas as áreas do conhecimento, fundamentais para o desenvolvimento das sociedades paulista e brasileira”.
“Se em países como os Estados Unidos a doação a universidades é prática comum entre seus egressos e organizações privadas, no Brasil, além da falta de estímulo à ação doadora, predominam motivos de ordem jurídica e financeira que impedem o florescimento e a consolidação da prática da doação”, lembrou o ex-vice-reitor, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) e presidente do Fundo Patrimonial da USP, Hélio Nogueira da Cruz, um dos organizadores do livro. “Lembrando que esses motivos de ordem jurídica e financeira são os principais pontos a serem equacionados”, Hélio Nogueira acrescentou: “Trata-se da sustentabilidade financeira de uma instituição responsável por um quarto da produção científica brasileira. Projetos de longo prazo devem ser o centro destes recursos, que são a contrapartida da formação oferecida pela Universidade. O recente estabelecimento do Fundo Patrimonial criou as regras de governança que nortearão a aplicação e o investimento de recursos em prol do desenvolvimento da USP e de suas unidades”.