CRHEA contribui com British Council, INRAe (França) e publica junto à Academia Brasileira de Ciências
Iniciativas visam excelência internacional na educação superior, saúde planetária e ação climática.
19/12/2025
Da Redação | SVCOM
19/12/2025 Da Redação | SVCOM

Após participação na COP30 e parcerias com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Centro de Recursos Hídricos e Estudos Ambientais (CRHEA) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP inaugura novas parcerias internacionais e publica estudo de destaque. Através de consórcio Reino Unido - Brasil, o CRHEA está associado a novo projeto financiado pelo British Council, UK–Brazil Climate and Sustainability Hub: Advancing Transnational Postgraduate Education for Inclusive, Interdisciplinary Collaboration in Environmental Science.

Em parceria com a University of Birmingham (co-líder), a University of Cambridge, a Unicamp (co-líder), o CNPEM, o INPE, a UNESP/CBioClima e USP (via
IEA, IB e CRHEA-EESC via novo CEPID CLIMARES). No novo projeto do British Council, o CRHEA e instituições de ensino superior (IES) consorciadas liderarão treinamentos internacionais, interdisciplinares, inclusivos e colaborativas, no Brasil e no Reino Unido, sobre novos avanços nas Ciências Ambientais. Em 2025, o CRHEA participou de reunião preparatória na Unicamp sobre a iniciativa.

Reunião preparatória organizada pela Unicamp e University of Birmingham, co-líderes do novo projeto financiado pelo British Council, com a participação do CRHEA da EESC-USP. Fonte: Unicamp/DERI.

Com o novo financiamento do British Council, o CRHEA possibilita que a EESC consolide sua relação interinstitucional com outras IES do projeto e ofereça soluções práticas, com treinamento e visitação de pesquisadores nacionais e internacionais. Por um lado, o CRHEA possibilita que a EESC incorpore novas práticos de curricularização da extensão do Modelo de aceleração da Colaboração Internacional entre universidades brasileiras e britânicas. Por outro lado, o CRHEA consolida com este novo projeto financiado pelo British Council as principais recomendações de projeto em andamento com a University of Birmingham sobre a integração Água-Saúde-Sociedade para Ação Climática e Sustentabilidade, via USP Aucani.

CRHEA junto ao novo Centro Internacional de Pesquisas sobre Saúde Planetária USP-INRAe

Em 2025, a USP e o Instituto de pesquisa francês INRAe (INRAe, sigla em francês, do Instituto Nacional de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente) criaram o novo Centro Internacional de Pesquisa em Saúde Planetária, sediado no Campus da USP em Piracicaba. O laboratório intitulado Planetary Health International Research Center (PHIRC), é um novo laboratório internacional e interdisciplinar dedicado a explorar as interconexões entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental. A cerimônia da criação do PHIRC USP-INRAe foi realizada no dia 28 de outubro de 2025, na sede do instituto, em Paris, na França. O centro fomentará estudos de ponta em colaboração com a Esalq-USP — atualmente o principal parceiro do INRAe no Brasil — e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), bem como com o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) e com outras faculdades e unidades de pesquisa da USP que atuam na área de ciência de alimentos, como a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF).

A professora Silvia Galvão de Miranda, da Esalq-USP, e professora Giana Almeida Perre, da AgroParisTech, ambas coordenadoras científicas de uma área de pesquisa do PHIRC USP INRAe, convidaram o professor Eduardo Mario Mendiondo, diretor do CRHEA, a participar do tópico Gestão Responsável de Recursos Hídricos e dos Solos no Contexto de Mudança Climática. “Este tópico do PHIRC USP INRAe inclui novos avanços e conhecimentos ancestrais em tecnologias de irrigação, uso eficiente, reutilização sustentável e multiusuário de esgotos, além dos impactos econômicos, sociais e ambientais, estão alinhados ao CRHEA via iniciativa SOPHIE (Sustainable Observatories for Planetary Health with Innovation and Entrepreneurship) lançada junto à CPqI e EESCIn na EESC-USP. O SOPHIE é uma iniciativa versátil que, por um lado, se adapta ao PHIRC USP-INRA como uma estratégia para uma agenda internacional, apresentada em 2025 na EGU25. Por outro, a iniciativa SOPHIE é parte do Eixo de Segurança Hídrica e Gestão Adaptativa do CEPID CLIMARES da Fapesp, acelerando a divulgação e popularização científicas, necessárias no PHIRC USP INRAe, e retomadas junto ao CRHEA desde 2024. Do mesmo modo, este tópico específico no PHIRC USP INRAe se alinha com a Cátedra UNESCO de Águas Urbanas (Qualidade, Gestão, Recuperação e Reúso) sediada na EESC-USP, com foco de soluções locais e comunitárias que foram discutidas pelo CRHEA durante o I Encontro Brasileiro de Saúde Planetária realizado na USP - Cidade Universitária e no Foro de Saúde Planetária de São Carlos em 2025”, complementa o professor Mendiondo. 

Estratégia SOPHIE, oferecida junto ao CRHEA da EESC USP, para a Gestão Responsável de Recursos Hídricos e dos Solos no Contexto de Mudança Climática” do novo PHIRC USP INRAe. Fonte: Segurança Hídrica e Gestão Adaptativa do CEPID CLIMARES da FAPESP.

CRHEA coautora estudo pela Academia Brasileira de Ciências e de Co-Criação de Conhecimento

A co-criação de conhecimento pelo CRHEA também apareceram nas conclusões e recomendações do INCT-Mudanças Climáticas Fase 2 liderado pelo CEMADEN/MCTI, com apoio de CNPq, CAPES e Fapesp, e com suporte do INCT Segurança Hídrica e Gestão Adaptativa sediado na UFPE. Assim, o CRHEA desenvolveu novo estudo interdisciplinar em coautoria, publicado em dezembro de 2025 nos Anais da Academia Brasileira de Ciências.

Sob o título de Pesquisa climática para o desenvolvimento sustentável: contribuições da ciência brasileira, o artigo mostra como grupos interdisciplinares produzem conhecimento científico visando ao escalonamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “O artigo é uma síntese de 7
anos de INCT e mostrou uma tendência crescente, porém ainda incipiente: de como quebrar os isolamentos de grupos de excelência que, naturalmente, trabalhariam com pouca sinergia. Esse é um dos principais obstáculos na co-criação de conhecimento que alcance as comunidades mais vulneráveis, e que motivou um estudo paralelo, para caracterizar a co-criação de conhecimento de recursos hídricos, publicado em revista internacional pela IAHS-International Association of Hydrological Sciences”, complementa Mendiondo, coautor de ambos estudos filiados ao CRHEA.

O CRHEA da EESC-USP contribui comunicar como a produção científica atende, escalonando o número de artigos publicados relevantes, aos ODSs. Fonte: INCT-Mudanças Climáticas Fase 2 (CEMADEN/MCTI) e Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC).

Fonte: CRHEA (EESC-USP)


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