Na engenharia, ele descobriu que seria pesquisador em matemática
13 de agosto de 2018
Compartilhe: Olimpíada Brasileira de Física, uma em 2003 e outra em 2004. Mas foi quando começou a graduação na USP, em 2016, que descobriu a paixão pela matemática.

&source=Escola%20de%20Engenharia%20de%20S%C3%A3o%20Carlos" id="linkedin-share-btt" rel="nofollow" target="_blank" class="linkedin-share-button"> Olimpíada Brasileira de Física, uma em 2003 e outra em 2004. Mas foi quando começou a graduação na USP, em 2016, que descobriu a paixão pela matemática.

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Ex-aluno da USP, Guilherme hoje faz pós-doutorado na França e veio ao Brasil especialmente para participar do Encontro Mundial de Matemáticos
 

“Quando eu estava no colegial, tinha uma visão bem restrita da matemática, pensava que era algo pronto, acabado e não havia nada de muito interessante a se fazer nessa área. Quando entrei na faculdade de Engenharia Elétrica na USP, em São Carlos, comecei a ter aulas de cálculo e geometria analítica, e vi que tinha muita coisa a ser feita”, lembra Mazanti.

 

No segundo semestre da graduação, quando cursou a disciplina de Álgebra Linear, ele percebeu que realmente gostava de matemática e pensou em participar de alguma iniciativa para aprender mais. Conversando com vários professores, ficou sabendo que Hildebrando Munhoz Rodrigues, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, oferecia um programa especial de iniciação científica. O programa era uma referência para os engenheiros que queriam estudar mais matemática. Guilherme se encontrou com Rodrigues no início de 2007 e passou a participar do programa em fevereiro.

 

“O programa do Hildebrando é muito bom, não se limita aos cursos de cálculo, estudamos a parte de análise, que vai se concentrar mais nas demonstrações e na lógica, algo que um estudante de engenharia da USP normalmente não vê. O Hildebrando organiza muito bem o programa com seminários em inglês. Como já tinha interesse em ir à França, sabia que a prova seria em inglês e foi ótimo para ir treinando. Depois de dois anos de iniciação científica, fui para a França, tendo em mente que queria fazer matemática”, conta Mazanti.

Antes de concluir a graduação em São Carlos, ele foi aprovado em uma prova da École Polytechnique, na França, e conquistou uma bolsa de estudos para estudar lá. “Foi o programa de iniciação científica com o Hildebrando que me preparou para essa prova. Passei dois anos e meio na França fazendo um programa de duplo diploma. Voltei para São Carlos, terminei o curso na USP, retornei à França para o mestrado e doutorado e, agora, estou fazendo o pós-doutorado.”

 

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O professor Hildebrando com os atuais estudantes que fazem parte do programa de iniciação científica, criado há mais de 20 anos. O professor já orientou 61 projetos de iniciação científica na USP
 

Manzati veio ao Brasil para participar do Encontro Mundial de Matemáticos, evento que ocorre até dia 9 de agosto, no Rio de Janeiro, e apresentar o trabalho que está fazendo no pós-doutorado. “A conferência internacional dos matemáticos dá essa possibilidade de você mandar um resumo do seu projeto e, se for aceito, você apresenta em 15, 20 minutos, o conteúdo do seu trabalho.”

 

Atualmente, o engenheiro é pós-doutorando na Université Paris-Sud, no Laboratório de Matemática de Orsay. O trabalho que apresentou aborda um campo de pesquisa bastante novo na matemática: os jogos a campo médio.

 

Ele é um dos inúmeros estudantes que já participaram do programa de iniciação científica do professor Hildebrando. A iniciativa é realizada até hoje no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos, onde, aos sábados de manhã, você pode assistir aos seminários ministrados em inglês pelos estudantes.

 

Por Denise Casatti, especial para o Jornal da USP


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