"É inquestionável que me sinto feliz por ter sido apontado como candidato pelo Conselho Executivo, e eleito com votação expressiva pela Assembleia Geral. Mas esse não é um cargo honorífico, é uma posição que envolve muito trabalho", comentou Celestino.
O docente obteve 56 votos dos 57 delegados de nações-membro presentes, de um total de 72 nações-membro que a ITA congrega – além das respectivas associações profissionais de túneis. Aqui no Brasil, a associação local é o Comitê Brasileiro de Túneis - do qual Celestino também é presidente -, ligado à Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica.
Os objetivos da Associação envolvem promover o uso do espaço subterrâneo, o progresso das técnicas de projeto e construção de tais obras e a integração de todos os entes do meio técnico, como acadêmicos, profissionais e a indústria. "Manter um equilíbrio entre a indústria, que muito tem a oferecer em termos de desenvolvimento tecnológico, a academia e pesquisadores é essencial para manter a isenção e reputação da Associação" destacou o docente.
Como presidente, Celestino terá como atribuição principal conduzir o Conselho Executivo, que é composto por quatro vice-presidentes, cerca de oito membros e um diretor executivo, no objetivo de discutir e criar ações específicas ligadas ao dia a dia da Associação, como o processo de revisão das publicações dos grupos de trabalho e comitês, meios para aprimorar seu funcionamento, bem como outras ações específicas.
Dentre os grupos de trabalho, podem-se destacar os de Pesquisa, Práticas Contratuais, Túneis Imersos, Túneis Mecanizados e Túneis Convencionais. Já dentre os Comitês, Celestino destaca o de Educação e Treinamento, que tem como atividades principais organizar cursos sobre praticamente qualquer assunto ligado a obras subterrâneas e congregar numa rede os programas de pós-graduação em túneis, ao redor do mundo, que foram reconhecidos e endossados pela Associação. O programa de pós-graduação em túneis da EESC-USP está nessa lista.
"A ITA e seus comitês não têm poder normativo, porém os resultados dos trabalhos, produzidos por professores e profissionais de centros de pesquisa como o Centre d'Etudes des Tunnels (CETU), localizado na França, e a The Research Association for Underground Transportation Facilities (STUVA), localizada na Alemanha, são logo adotados pelos órgãos normativos. Por exemplo, o impacto positivo das medidas adotadas na diminuição dos incêndios em túneis foi inquestionável", explicou o professor.
Sobre as expectativas perante o novo cargo Celestino comentou: "espero que no Brasil algumas entidades se lembrem mais que existem obras subterrâneas, um capítulo da engenharia tão importante e às vezes tão maltratado. Nosso volume de obras subterrâneas tem crescido, mas ainda é muito pequeno quando comparado ao de outros países semelhantes. Isso significa que continuamos construindo na superfície o que, a longo prazo, custaria menos e funcionaria melhor em subterrâneo", salientou.
Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC-USP
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