Estudante da Engenharia Ambiental da EESC compõe equipe finalista em hackathon internacional
27 de maio de 2022
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O estudante Rafael Benatti, da Engenharia Ambiental da EESC, compôs equipe de três estudantes finalistas de uma hackathon promovida pelo TecStorm, evento de empreendedorismo e inovação tecnológica organizado pela JUNITEC (Júnior Empresas do Instituto Superior Técnico), de Portugal.

Da esquerda para a direita, Rafael, Sara e Guilherme Foto: Fernando Bento

O desafio ocorreu no mês de abril, nos dias 22, 23 e 24, na Fundação Champalimaud em Lisboa, e contou com cerca de 600 participantes, dos quais 120 foram classificados para a final, que ocorreu de forma presencial na Fundação.

O trio obteve o 2º lugar na categoria da Vodafone: Connecting for a Better Future. Ao lado de Sara Paralta e Guilherme Pacheco, estudantes portugueses da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, e com mentoria de Rui Espadinha (da Vodafone), Rafael desenvolveu o projeto InLight, que almeja o aumento da eficiência energética por meio de iluminação pública inteligente.

Segundo Rafael, a iniciativa se baseia em um sistema automático de aquisição de dados em que a análise dos dados é feita com o recurso da inteligência artificial, de modo que dados recebidos de sensores colocados nas luminárias são continuamente analisados para promover melhor automatização e independência dos sistemas de iluminação pública.

Benatti destaca a importância de equipes multidisciplinares como a que integrou: "além da minha visão, como futuro engenheiro ambiental, os outros dois colegas da equipe possuem experiência nas áreas de desenvolvimento de hardware e web development. Essa integração de diferentes disciplinas foi fundamental para o nosso projeto, dada a complexidade da solução buscada e da necessidade de integração de conhecimentos da engenharia ambiental e elétrica".

Tal integração culminou em um algoritmo que considera não só a redução das despesas com a iluminação pública, mas também prevê melhor adaptação do sistema de iluminação às questões tanto sociais como ambientais. Permite-se, assim, que se obtenham porcentagens recomendadas de iluminação em zonas residenciais, vias rápidas, parques ou até zonas próximas a áreas verdes, como reservas naturais ou áreas proteção ambiental.

O algoritmo também se adequa ao fluxo de pessoas por região, conforme exemplifica Benatti: "para uma determinada área central da malha urbana, em que todos os finais de semana há festas de rua, por exemplo, o algoritmo tem capacidade de aprender essa frequência de fluxo semanal e adequa a iluminação para tal necessidade".

A premiação da equipe ocorreu no dia 24 de abril, após apresentação de pitch para o júri composto por Rui Gomes (Vodafone), Rafael Conceição (Indico Capital) e José Epifânio da Franca (IST).

Apresentação do trio finalista em hackathon internacional Foto: Fernando Bento

Rafael, que cursa o quinto ano da Engenharia Ambiental na EESC e atualmente realiza duplo diploma no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, destaca que a experiência foi muito enriquecedora e planeja seus próximos passos na área: "Atualmente, ocorre a transição de luminárias antigas (sódio, magnésio) para as novas, de LED. Ao longo desta transição, encontra-se a perfeita oportunidade para investir em iluminação inteligente e colher os frutos deste nicho, com imensas possibilidades de aplicação. A competição não só agregou em termos de experiência e currículo, mas também no contato com possíveis investidores para a continuidade do projeto".

 


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