Projeto de aluno da EESC conquista o primeiro lugar no "HackathonUSP 2017"
Em sua terceira edição, o evento foi uma iniciativa do Núcleo de Empreendedorismo da USP (NEU) e do USPCodeLab, em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Universidade, e propôs aos participantes o desafio de utilizar a tecnologia para melhorar a produção científica.
Para participar do Hackathon, o aluno da EESC formou um grupo com mais três estudantes, todos do curso de Ciências da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da USP – Enzo Hideki Nakamura, Pedro Teotônio de Sousa e Pedro Vítor Bortolli Santos –, dando origem à equipe Digital Experiments. Então, a partir do projeto da startup de Perez, o time trouxe como proposta criar uma ferramenta para auxiliar pesquisadores no cumprimento de protocolos em experimentos laboratoriais, com uma plataforma na qual o protocolo escrito é transformado em uma sequência de pequenos segmentos, com um passo a passo.
"A ideia original é minha e da Luíza Zuvanov, estudante de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília. A história começou na Universidade de Glasgow, durante nosso intercâmbio. Lá, depois de trocar experiências sobre nossas áreas de estudo, vimos que a engenharia poderia ajudar a solucionar muitos problemas da biologia", conta Perez.
Inicialmente nomeado como Biotech, o trabalho da dupla já obteve destaque ao ter sido selecionado para o programa de pré-aceleração Academic Working Capital (AWC). Com a evolução da ideia, o projeto foi reformulado e deu origem à startup beThink, a partir da qual os participantes do HackathonUSP desenvolveram o Digital Experiments.
"A ideia é inverter o fluxo da informação. O pesquisador escolhe o experimento e o software diz qual é o passo que deve ser feito naquele momento, além de indicar quais dados devem ser coletados naquela etapa. Por fim, o próprio software gera um relatório dos experimentos, não sendo mais necessário perder tempo anotando-os nos cadernos de laboratório", explica o estudante. Com a plataforma, evitam-se erros e desperdício de recursos. O protótipo desenvolvido durante o desafio pode ser conferido clicando aqui.
Segundo Perez, é muito gratificante saber que a beThink tem potencial para efetivamente ajudar a ciência brasileira, uma vez que a vitória na competição validou a solução criada para um problema cuja relevância foi comprovada depois de meses de trabalho. Além disso, a premiação gera um grande ganho pessoal no sentido de consolidar a confiança para gerenciar equipes de produção de software, mostrando a relevância que o conhecimento sobre desenvolvimento de sistemas também exerce na carreira de um engenheiro da área de eletrônica.
Os planos para o futuro da startup incluem busca de parcerias com laboratórios de pesquisa para continuar o refinamento da solução, além de investidores que acreditem no trabalho da equipe a fim de possibilitar a expansão do time de desenvolvimento e da infraestrutura da empresa, buscando acelerar o desenvolvimento do software.
A competição
Em um hackathon – junção da palavra hacker com marathon (maratona, em inglês) – os participantes têm um período de tempo específico para desenvolver um protótipo de software (aplicativo, sistema web etc.) ou de hardware que proponha uma solução para um problema pré-definido. No caso do HackathonUSP 2017, após palestra introdutória da Pró-Reitoria de Pesquisa e apresentação da organização, os 50 participantes, divididos em 13 equipes de três a quatro membros, tiveram cerca de 20 horas para realizar a tarefa.
A escolha dos vencedores ocorreu após cada grupo realizar um pitch – uma apresentação curta, de três minutos, em que se apresenta a ideia de maneira mais sucinta para a banca.
Para mais informações sobre o HackathonUSP 2017 e os projetos participantes, acesse este link.
informação
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Por Assessoria de Comunicação da EESC com informações de Rafael Oliveira do Jornal da USP Imagens: André Marcos Perez e HackathonUSP 2017